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Corregedoria pede demissão de braço-direito de ex-diretor de SP
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EVANDRO SPINELLI
ROGÉRIO PAGNAN
DE SÃO PAULO
O corregedor-geral do município, Edilson Mougenot Bonfim, recomendou ontem ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), a exoneração imediata da arquiteta Lúcia de Sousa Machado.
Conforme a Folha revelou anteontem, Lúcia, braço direito do ex-diretor Hussain Aref Saab no Aprov, guardava R$ 1,7 milhão em casa entre joias, reais e dólares.
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Os valores foram declarados à polícia em abril de 2010, após o furto de um cofre com os bens em sua casa.
O pedido de exoneração foi feito porque, de acordo com o corregedor, a funcionária deixou de declarar esses bens à prefeitura, como manda a lei.
Legislação federal determina que todos os servidores públicos são obrigados a declarar bens todos os anos. Lúcia não incluiu as joias e o dinheiro na declaração, só sua casa.
"Ela ainda se insubordinou, disse que não precisava declarar o dinheiro nem as joias", afirmou Bonfim.
Mensalmente, Lúcia recebe da prefeitura R$ 16.651,62 brutos --R$ 11.556,47 de aposentadoria e R$ 5.095,15 de salário pelo cargo de chefia.
Ela foi a principal assessora de Aref nos pouco mais de sete anos em que ele dirigiu o Aprov, setor responsável pela aprovação de médios e grandes empreendimentos.
editoria de arte/folhapress | ||
Nesse período, conforme o "TV Folha" revelou, Aref adquiriu 106 imóveis avaliados em cerca de R$ 50 milhões.
Por ter omitido seus bens, a servidora, além da exoneração do cargo, pode ter sua aposentadoria cassada.
De acordo com o corregedor, ela não explicou a origem dos recursos que ela guardava em casa. Disse apenas que acostumou-se a comprar joias desde os 14 anos.
Kassab vai analisar o pedido de exoneração na segunda-feira, quando retorna de uma viagem a Buenos Aires.
Além do processo na Corregedoria-Geral do Município, a Promotoria, após reportagem da Folha, abriu investigação suspeita de enriquecimento ilícito.
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