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22/06/2012 - 19h44

Após mortes, Paraná e Santa Catarina tomam medidas contra gripe A

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ESTELITA HASS CARAZZAI
DE CURITIBA
ANITA MARTINS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE FLORIANÓPOLIS

Alarmado com o aumento do número de casos de gripe A (H1N1) no Estado, o governo do Paraná solicitou nesta semana ao Ministério da Saúde mais doses da vacina contra a doença e criou uma "sala de situação" para monitorar o avanço dos casos.

Região Sul registra 38 mortes por gripe suína; 28 em SC

Neste ano, cinco pessoas já morreram de gripe A no Paraná. No total, 64 casos foram confirmados, metade deles no mês de junho --no ano passado, apenas duas ocorrências foram registradas no ano.

Apesar da escalada da doença, o secretário estadual de Saúde, Michele Caputo Neto, afirma que não há motivo para pânico ou medidas mais drásticas, como ocorreu em 2009, quando quase 45 mil casos foram confirmados.

Para Neto, o Estado não está em situação de pandemia como na época.

O secretário afirma, porém, que não há como promover uma vacinação em massa da população, já que nem o governo federal nem o laboratório responsável pelas vacinas têm como produzir doses suficientes para isso.

No Paraná, as vacinas devem ser suficientes para 1,5 milhão de pessoas. Serão priorizadas aquelas com fatores de risco ou de grupos mais suscetíveis à doença, como crianças, gestantes, idosos e pessoas com doenças graves.

SANTA CATARINA

Com 33 mortes por gripe A (H1N1) registradas --maior número desde a epidemia mundial de 2009, quando houve 144 óbitos--, a população de Santa Catarina está assustada.

A procura por vacinas aumentou, mas a rede pública só pode imunizar o grupo de risco.

Prefeituras de 14 municípios do Vale do Itajaí, região que concentra a maioria dos casos, solicitaram mais 500 mil doses ao Ministério da Saúde, mas tiveram o pedido negado.

Com isso, grupos privados estão promovendo campanhas de vacinação próprias. Nem todos estão preparados para a atividade, no entanto. Nesta semana, a Vigilância em Saúde de Blumenau apreendeu 311 doses de vacina contra a gripe A que estavam armazenadas em temperatura inadequada e eram aplicadas por profissionais não habilitados.

O material foi encontrado em um hotel com representantes de uma empresa de São Paulo. A suspeita é de que 3.000 pessoas tenham sido imunizadas incorretamente. Todos terão de esperar um mês para tomar a vacina novamente, ou poderão ter reações adversas. O fato foi comunicado à Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado) e uma denúncia será encaminhada ao Ministério Público.

APERTO DE MÃO

Em Santa Catarina, a Igreja Católica publicou recomendações para evitar o contágio nos templos, a exemplo do que ocorreu em 2009. Segundo o documento, os padres devem desativar as pias de água benta, distribuir hóstias na mão dos fieis em vez de colocá-las na boca e dar orientações sobre prevenção durante as missas.

Segundo a gerente de imunização da Dive, Luciana Amorim, não há surto de gripe A em Santa Catarina.

 

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