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Com greve de policiais civis em GO, investigações estão paradas
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DE SÃO PAULO
A greve de policiais civis e peritos criminais, que já dura duas semanas, está causando transtornos para a população em Goiás. Investigações de homicídios estão paradas, corpos levam até 12 horas para serem removidos e suspeitos chegaram a ser liberados na delegacia.
Antes da greve, eram registrados cerca de 13 mil boletins de ocorrência por dia no Estado. Hoje, não passam de mil, de acordo com o Sinpol-GO, sindicato que reúne os escrivães e investigadores.
A estimativa é que 6.000 inquéritos relativos a homicídios estejam parados.
A greve também afeta a remoção dos corpos. O procedimento, que antes levava 40 minutos, é feito somente quatro horas após a comunicação da morte. Segundo a PM, já houve caso que demorou 12 horas.
Funcionários do IML de Goiânia dizem que corpos que chegam até as 19h são examinados apenas no dia seguinte.
Em alguns crimes, as provas são coletadas e o material é analisado, mas o laudo não é entregue.
Sem investigadores nem peritos, uma delegacia de Goiânia chegou a liberar cinco suspeitos de tráfico de drogas, presos em flagrante na quinta-feira.
A PM diz que eles foram localizados por volta de 19h na região central de Goiânia, com entorpecentes, balança de precisão e dinheiro.
Após sete horas de espera, o grupo foi liberado. Segundo a PM, policiais se recusaram a fazer o atendimento.
Também não havia peritos para fazer análise da droga.
Os sindicatos dizem que a PM não quis aguardar para o procedimento ser realizado.
A estimativa é que cerca de 4.500 policiais e peritos estejam parados. Os policiais pedem que o salário seja reajustado, até dezembro de 2014, de R$ 2.915 para R$ 7.250. A Secretaria de Segurança Pública ofereceu um bônus de 20% por produtividade, mas a oferta foi negada.
O governo diz que só deve fazer nova proposta após o fim da greve.
Na sexta, o Tribunal de Justiça de Goiás determinou a interrupção da greve dos policiais civis, sob pena de multa de R$ 10 mil ao dia. O Sinpol-GO diz que ainda não foi notificado da decisão.
Segundo os sindicatos das duas categorias, 30% dos serviços foram mantidos.
Em Pernambuco, policiais civis entraram em greve ontem. (NATÁLIA CANCIAN)
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