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Jovens mortos no RJ não tinham ligação com tráfico, dizem familiares
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DIANA BRITO
DO RIO
Familiares dos seis jovens encontrados mortos na manhã desta segunda-feira às margens da rodovia Presidente Dutra, altura de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, afirmaram no início da tarde que nenhum deles tinha envolvimento com o tráfico de drogas.
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"Colocava a minha mão no fogo pelo meu irmão. Eles eram estudantes, amigos de infância. Mataram crianças e agora eu só peço Justiça", disse emocionada Camila Maria Searles, 22, irmã de Josias Searles, 16.
Os jovens estavam desaparecidos desde a tarde de sábado (8). Eles se deslocaram do bairro Cabral, em Nilópolis (Baixada), onde moravam, por volta das 14h30, para participar de um Campeonato de Pipas no Parque Nacional de Gericinó, no município vizinho de Mesquita. Em seguida, eles avisaram a amigos que seguiriam para uma cachoeira na região.
"Eles só foram se divertir num lugar que todo mundo da região já frequentou um dia. Eles cresceram juntos, no mesmo bairro de Nilópolis", disse Rafaela Ferreira do Nascimento, 24, tia de Christian de França Vieira, 19. A moradora ainda afirmou temer retaliação de criminosos.
CRIME
Investigação da 53ª DP (Mesquita) aponta que os jovens foram surpreendidos por criminosos armados num matagal do Parque Nacional de Gericinó no final da tarde de sábado, quando seguiam para uma cachoeira. Eles foram sequestrados para a favela da Chatuba, dominada pela facção criminosa CV (Comando Vermelho) e situada ao lado do terreno federal.
Ainda de acordo com familiares, os rapazes teriam sido assassinados porque os criminosos descobriram que eles moravam próximo da favela Az de Ouro, em Anchieta, zona norte do Rio, chefiada pelo Terceiro Comando, facção criminosa rival.
"Eles nunca receberam nenhuma ameaça e nem tiveram envolvimento com o tráfico. Não bebiam, não fumavam, não tinham vícios. Só moravam perto de uma comunidade de facção rival deles", lamentou Paloma Machado de Carvalho, 28, irmã de Patrick Machado de Carvalho, 17.
De acordo com a Polícia Civil, os rapazes teriam sido assassinados na madrugada desta segunda-feira após serem torturados. Investigadores disseram acreditar que os corpos deles foram deixados em Nova Iguaçu, cidade vizinha, na tentativa de despistar os policiais.
O titular da 53ª DP (Mesquita), Julio da Silva Filho, afirmou que Remilton Moura da Silva Junior, conhecido como Juninho Cagão, apontado como chefe do tráfico da favela da Chatuba, é o principal suspeito de ter ordenado a chacina. Na madrugada de sábado, horas antes dos jovens desaparecerem, o PM José Augusto de Souza Alves Junior, 33, foi assassinado na comunidade pelo mesmo grupo armado quando deixava a namorada em casa, na favela.
O corpo de um pastor, que até as 17h não teve o nome divulgado, também foi localizado no final de semana no rio Sarapuí, próximo à favela. A polícia investiga se o homem teria tentado negociar a liberação do policial.
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