Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
22/02/2013 - 20h57

Promotoria diz que Rio age fora da lei em operação contra crack

Publicidade

JULIANA DAL PIVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

O Ministério Público do Rio afirmou em coletiva hoje que a prefeitura da cidade opera ilegalmente no tratamento aos usuários de crack por não possuir uma quantidade mínima necessária de unidades de saúde especializadas para o combate às drogas.

Viciado com tuberculose e doentes dividem enfermaria no Rio
Posto em cracolândia do Rio leva mais 10 usuários para tratamento
Usuários de crack voltam para as ruas após ação da prefeitura do Rio
Rio dá início a internação involuntária de dependentes; 99 são retirados da rua

O município possui atualmente apenas três Caps-Ad (Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas). O ideal, segundo a Promotoria, seria que o número chegasse a 50.

Além disso, o Ministério Público informou que, em reunião realizada mais cedo com representantes da Secretaria de Saúde e Secretaria do Desenvolvimento Social, a prefeitura disse que não ocorreram internações involuntárias.

"O que o município informou hoje é que todas essas internações foram voluntárias. Isso a gente vai checar", relatou o promotor Rogério Pacheco. De acordo com Pacheco, essa foi a justificativa dada pela prefeitura para não comunicar as internações involuntárias, o que deveria ter ser feito em no máximo 72 horas.

Em entrevista a imprensa na terça-feira (19), os gestores informaram que tinham sido feitas 29 internações involuntárias e uma internação de uma mulher que teve uma parada respiratória, realizadas com laudo médico devido ao risco de vida.

As internações compulsórias ocorrem com autorização judicial.

O secretário municipal de Governo, Rodrigo Bethlem, disse à Folha que as pessoas foram levadas à força para unidades de saúde, e lá foram convencidas a aceitarem o tratamento.

Desse modo, segundo ele, 29 deles teriam assinado um termo concordando com a internação.

Questionado se os dependentes tinham condições de assinar o termo apesar do tratamento à base de calmantes, o secretário informou que acha "pouco provável que essas 29 estivessem todas dopadas".

O Ministério Público entregou uma recomendação à prefeitura pedindo a rede de saúde seja ampliada e que os promotores sejam comunicados em até 72 horas sobre qualquer internação involuntária.

Em nota, o município afirmou que serão abertos dois novos Caps-Ad nos próximos 30 dias.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página