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06/03/2013 - 22h11

Bruno admite morte e se contradiz ao depor no 3º dia de júri

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ENVIADOS ESPECIAIS A CONTAGEM (MG)

O quarto dia de julgamento do goleiro Bruno Fernandes de Souza terminou por volta das 20h30 desta quarta-feira após o jogador responder as perguntas feitas pelos jurados. Ele se contradisse em alguns momentos e deu respostas que poderão complicar sua defesa. O júri será retomado na manhã de quinta (7).

Acompanhe a cobertura completa
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Goleiro Bruno diz ser culpado da morte de Eliza Samudio

Bruno é acusado de envolvimento no desaparecimento e morte de sua ex-amante Eliza Samudio, em junho de 2010. A ex-mulher do jogador, Dayanne Souza, também é ré no processo e foi ouvida ontem. Ela é acusada de participar do sequestro e cárcere privado do filho de Eliza com o atleta.

Pela primeira vez desde o desaparecimento de Eliza, em junho de 2010, Bruno admitiu hoje que ela está morta, mas negou que tenha participado ou ordenado o crime. Ele acusou o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, pelo crime e seu ex-assessor Luiz Henrique Romão, o Macarrão, de ter ajudado.

Na reta final do depoimento do jogador, que começou no início da tarde, Bruno foi questionado pela omissão em relação a morte de Eliza. Ele, porém, se confundiu em alguns momentos e deu respostas diferentes.

Na primeira vez que tentava responder, ele afirmou que poderia ter denunciado o assassinato assim que soube dos fatos. "As coisas iam acontecendo na minha frente e eu simplesmente deixando acontecer. Então eu me sinto, de certa forma, culpado", disse.

A juíza então perguntou se ele poderia ter feito algo antes do crime. Bruno não respondeu e disse que nunca imaginou que o assassinato poderia acontecer. Posteriormente, no entanto, ele disse que poderia ter evitado as discussões e agressões de Macarrão a Eliza enquanto estavam no sítio.

Outro ponto que pode ser usado pela Promotoria como uma possível confissão de Bruno no crime de cárcere privado do filho de Eliza foi quando ele confirmou que pediu que o bebê passasse a ser chamado de Ryan Iuri, após o início das investigações policiais em busca de Eliza.

Questionado sobre o motivo na mudança do nome de Bruninho, o goleiro afirmou que queria ficar com o bebê e protegê-lo. "Sabia que mais cedo ou mais tarde as investigações iam chegar na criança e eu tentei, tipo, despistar".

Ontem Lúcio Adolfo da Silva, seu advogado, afirmou que tentaria convencer os jurados a absolver seu cliente dos crimes que chamou "periféricos": cárcere privado e ocultação de cadáver. A afirmação do jogador, porém, deve ser usada pela Promotoria para mostrar que o goleiro queria prejudicar as investigações.

Bruno também foi questionado pelos jurados sobre o depoimento dado após o desaparecimento de Eliza em que ele disse que não a via há dois ou três meses, o que foi posteriormente comprovado como mentiroso, uma vez que ele tinha visto a ex-amante um mês antes. Ele respondeu que se sentia acuado na ocasião.

ASSASSINATO

Pela primeira vez desde o desaparecimento de Eliza, em junho de 2010, Bruno admitiu que ela está morta, mas afirmou que só soube depois do crime, quando Macarrão e Jorge Luiz Rosa, primo do jogador, retornaram ao sítio do jogador sem Eliza e com o filho dela no colo.

Na ocasião, Jorge teria dito que Macarrão ajudou a matar Eliza. Em novembro do ano passado, no entanto, o ex-assessor do jogador havia confessado envolvimento no assassinato, mas jogou a responsabilidade para o seu ex-patrão, acusando-o de ser o mandante.

BENEFICIOU

Bruno admitiu nesta quarta-feira que se beneficiou com a morte de Eliza. Ele destacou ainda, durante o depoimento, que poderia ter evitado o crime, apesar de não ter sido o mandante.

O jogador, que é acusado de envolvimento no desaparecimento e morte de Eliza, disse que havia brigas constantes entre os dois e que ela sempre exigia dinheiro após ter engravidado dele.

ABORTIVO

O goleiro também negou no depoimento desta quarta-feira que tenha apontado uma arma para Eliza durante uma briga quando estava grávida dele. A acusação estava em um vídeo gravado por Eliza que foi apresentado em plenário neste terceiro dia de julgamento.

Na gravação, a ex-modelo relatou ameaças que teriam sido feitas por Bruno e afirmou que ele tentou fazê-la a tomar um líquido abortivo durante a gravidez. O jogador também foi questionado sobre o suposto abortivo, mas negou que tenha usado. Eliza chegou a denunciá-lo à polícia na época.

O atleta contou, em depoimento, que a ex-modelo já deu um tapa nele durante uma briga dentro de seu carro, e que ele revidou. Mas negou que tenha feito outras agressões a Eliza.

Editoria de Arte/Folhapress
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