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01/04/2013 - 17h56

Advogados pedem que prédio da Aldeia Maracanã, no Rio, não seja demolido

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DO RIO

Na tarde desta segunda-feira, dois advogados e dois índios da Aldeia Maracanã estiveram na representação do Ministério Público Federal para conversar com a procuradora da República Maria Cristina Manella Cordeiro. Eles afirmaram à representante do MPF que a retirada dos índios da Aldeia Maracanã foi arbitrária e reivindicaram que o prédio não seja demolido.

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Também pediram que o MPF analise a documentação enviada na ação de emissão de posse. Segundo a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, a manutenção do prédio está garantida. No local, será construído o museu Olímpico Brasileiro.

Os 12 índios que estão alojados na Colônia de Curupaiti, em Jacarepaguá, retiraram os seus pertences
que estavam em um depósito em Irajá, na zona norte da cidade, na quinta-feira (28), segundo a assessoria da SEADH (Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos).

De acordo com a secretaria, não houve queixa de perdas de objetos. O grupo indígena está desde a última sexta-feira (22) na colônia após terem sido recolhidos da Aldeia Maracanã, na zona norte da cidade, devido a uma desapropriação realizada pelo governo do Estado.

Em nota, a SEADH afirmou que complementou as cestas básicas oferecidas com proteínas como charque, sardinha em lata, linguiça e almôndegas em latas. Outros três ventiladores, além dos dois já existentes, foram disponibilizados. A secretaria afirmou, ainda, que na entrega do alojamento os índios solicitaram duas camas de casal que foram entregues. O local conta com um fogão, geladeira e máquina de lavar.

REMOÇÃO

A aldeia Maracanã foi desocupada na manhã do dia 22, com a presença Batalhão de Choque da Polícia Militar. As crianças e idosos já tinham sido retirados pela Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos quando a polícia invadiu o local. Sete manifestantes foram presos.

Homens do Choque empurraram os índios para fora na propriedade. Eles também usaram spray de gás pimenta e bombas de efeito moral. O coronel Frederico Caldas, relações públicas da PM, informou que 200 policiais participaram da ação, entre homens do Bope, do Batalhão de Choque e do 4º Batalhão da PM.

Durante a invasão da polícia, manifestantes fecharam uma pista da Radial Oeste, no sentido leste. Quatro bombas de efeito moral foram detonadas para dispersar os manifestantes que ocupavam a avenida. Um índio ficou ferido e precisou de atendimento médico.

 

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