Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
04/04/2013 - 18h25

Família é removida de área próxima ao Jardim Botânico, no Rio

Publicidade

FABIO BRISOLLA
DO RIO

Após mais de quatro horas de negociação, chegou ao fim o impasse em torno da remoção de uma família, que residia nos arredores do Parque Jardim Botânico, no bairro do Horto, em área do governo federal na zona sul do Rio.

Desde ontem, os moradores da região montaram barricadas, com tapumes e pedaços de madeira, para impedir o acesso até a casa de Delton Luiz dos Santos, 71, filho de um ex-funcionário do Jardim Botânico. No terreno onde vivia, ele ampliou a construção original para abrigar as famílias de seus dois filhos e do cunhado. Ao todo, 14 pessoas moravam no lugar.

Pouco depois das 10h desta quinta-feira, agentes federais, policiais militares e oficiais de Justiça chegaram à residência de Delton para cumprir a determinação judicial que estabeleceu a desocupação. Inicialmente, cogitava-se mandar a família para um abrigo de moradores de rua, alternativa que causou indignação entre os manifestantes que protestavam contra a remoção.

A solução veio com a intervenção de uma representante da Secretaria de Patrimônio da União, que ofereceu como alternativa a mudança da família para três outras residências pertencentes ao governo federal: uma situada na Tijuca, zona norte da cidade, e outras duas no centro.

"Os apartamentos estavam fechados há muito tempo e precisam de reforma. Mas é a única saída porque não temos para onde ir", afirmou Max Luiz dos Santos, 45, filho de Delton, que no fim desta tarde ainda terminava de embalar sua mudança.

A remoção da família de Delton foi determinada pela juíza Maria Amélia Almeida Senos de Carvalho, da 23ª Vara Federal, na semana passada.

A discussão em torno da posse de imóveis envolve 622 casas nas proximidades do Jardim Botânico, localizadas em terreno da União. Delton foi o primeiro morador a ser obrigado a sair. Até o último momento antes de deixar sua casa, ele repetiu que sempre viveu no mesmo lugar: "Como posso ser considerado um invasor se eu nasci aqui?"

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página