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Guerra de espadas fere 46 durante comemoração junina em Cruz das Almas (BA)
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JOÃO PAULO GONDIM
DE SÃO PAULO
Ao menos 46 pessoas se feriram no último domingo (13) por causa da prática da guerra de espadas --uma das manifestações mais tradicionais do São João-- em Cruz das Almas (a 146 km de Salvador).
Após a encenação de um casamento na quadra do Ceat (Colégio Estadual Alberto Torres), "os noivos" saíram em procissão, montados numa carroça, em direção à praça Senador Temístocles, no centro da cidade. No percurso, ocorreu a batalha.
As vítimas foram atendidas na Santa Casa de Misericórdia de Cruz das Almas. Uma idosa de 84 anos permanece hospitalizada com queimaduras graves nas pernas.
Ninguém prestou queixa por lesão corporal. "Muitas pessoas exibem as feridas como cicatrizes de guerra. Elas se orgulham disso", afirmou o delegado Paulo Roberto Guimarães Santos.
Decreto do governo estadual assinado no último dia 7 estabeleceu normas para fiscalização de fabricação, transporte, comércio e uso de fogos de artifício e pirotécnicos.
No decreto, consta que o controle da pólvora deve ser exercido pelo Exército e pelo Departamento de Produtos Controlados da Polícia Civil.
Mas o delegado disse ainda não ter sido procurado oficialmente pelos órgãos para tratar do controle do explosivo.
A espada é um artefato de bambu e barro preso com fita de sisal, que leva enxofre, salitre e carvão vegetal como pólvora. Embora o decreto afirme que sua produção deva ser feita em empresas credenciadas, a maioria das espadas é fabricada irregularmente, em fundo de quintais. O limite de oito gramas de pólvora também é comumente desrespeitado.
Em 2009, 285 pessoas se queimaram com o artefato. Em 31 de maio deste ano, foram mais nove pessoas.
Na tarde desta segunda-feira, o delegado se reunirá com o prefeito do município, Orlandinho (PT), e com o comando da PM local para discutir medidas de segurança para o próximo São João.
"Se for impossível acabar com essa tradição centenária, que pelo menos a guerra de espada seja feita numa arena fechada", disse o delegado Santos.
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