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14/07/2010 - 21h01

Lavrador preso 11 anos sem julgamento é condenado no ES

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AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO

O lavrador que ficou preso por quase 11 anos sem ser julgado foi a júri nesta quarta-feira, em Ecoporanga (ES). Valmir Romário de Almeida, 43, foi condenado a 12 anos e oito meses de prisão pelo crime de homicídio doloso (intencional).

A condenação equivale quase ao mesmo tempo em que o acusado ficou detido sem ser condenado. Ainda cabe recurso a essa decisão.

A situação dele foi considerada pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) como uma das mais graves do Judiciário brasileiro, já que ficou preso provisoriamente por um longo período, quando o ideal era que fosse julgado em menos de três anos.

Em julho do ano passado, o lavrador chegou a ser solto depois que o mutirão carcerário do CNJ passou pelo Estado. Porém, voltou a ser preso no início deste ano sob a acusação de tentativa de roubo e tentativa de estupro. Em decorrência desses dois crimes, ele continuará detido.

O defensor público que atua no caso, João Batista Muqui, diz que Almeida é doente mental e não tem plena consciência de seus atos.

"O tempo que ele ficou preso o prejudicou ainda mais. Ele deveria ficar detido em um hospital psiquiátrico e não em uma cadeia qualquer", diz o defensor, que deve recorrer da sentença.

Almeida é acusado pela Promotoria de ter matado Edvaldo dos Santos, seu ex-cunhado, em 1998. Na ocasião, ele alegou que matou a vítima porque teve um desentendimento com ela.

Na ocasião, o rapaz dormia no sofá da casa do lavrador e foi morto com uma machadada na cabeça. Depois do crime, conforme a denúncia, o acusado disse que bebeu o sangue da vítima.

O caso do lavrador foi revelado pela Folha em 26 de julho do ano passado.

 

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