Adolescente primo de Bruno chega à delegacia, mas acareação ainda tem impasse

O adolescente primo do goleiro Bruno Fernandes chegou por volta das 17h10 desta terça-feira ao Departamento de Investigações de Belo Horizonte (MG), onde está previsto para ocorrer uma acareação entre ele e outros suspeitos pelo sumiço e suposta morte de Eliza Samudio, ex-amante do jogador.

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Cinco minutos antes, por volta das 17h, o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, suspeito de supostamente ter matado Samudio, também chegou ao local. A polícia disse que ele não participará da acareação, mas não informou por que ele estava lá.

Outro primo de Bruno, Sérgio Sales, o Camelo, está no local desde as 10h45.

A representante da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Cíntia Ribeiro disse que o advogado do adolescente, Eliezer Lima, se opôs à realização da acareação. O defensor disse que a decisão do juiz Elias Charbil Abdou Obed, que autorizou a acareação, ainda não foi publicada do "Diário da Justiça".

Segundo o TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), as partes foram intimadas, mas a publicação só ocorre amanhã (28). Ainda de acordo com a assessoria do TJ-MG, a acareação só pode ser feita com a publicação.

A assessoria da Polícia Civil informou que Edson Moreira, delegado responsável pelo caso, considera a publicação no "Diário da Justiça" "mera formalidade".

Além dos dois primos do jogador, também são apontados como suspeitos de participar do crime, Bruno, sua mulher Dayanne Souza, Luiz Henrique Ferreira Romão (Macarrão), Marcos Aparecido dos Santos (Bola, Paulista ou Neném), Elenilson Vitor da Silva, Wemerson Marques de Souza (Coxinha) e Flávio Caetano de Araújo.

HABEAS CORPUS

A Justiça de Minas tinha recebido, até ontem (26), 14 pedidos de liberdade para o goleiro Bruno. Apenas um dos habeas corpus foi feito por seu advogado, Ércio Quaresma. Os demais pedidos foram realizados por cidadãos sem ligação com o jogador. Um deles chegou à Justiça por e-mail e em outro o autor se identificou como "torcedor fervoroso do Flamengo".

O habeas corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa a favor de um preso. Dos 14 pedidos, sete já foram rejeitados pela Justiça.