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26/07/2010 - 12h02

Defesa de adolescente primo de Bruno tenta desqualificar acusação de homicídio

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PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE

O advogado Eliézer Jônatas de Almeida Lima, que defende o primo adolescente do goleiro Bruno Fernandes, suspenso do Flamengo, vai tentar desqualificar a classificação do Ministério Público Estadual, que acusou o garoto pelos crimes de sequestro e homicídio.

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Almeida Lima entrega na tarde desta segunda (26) ao Juizado da Infância e Juventude de Contagem (MG) suas argumentações.

O promotor Leonardo Barreto Moreira Alves pediu na última sexta-feira a internação do adolescente de 17 anos pela participação no sequestro e no homicídio de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno.

Se acatada a argumentação da promotoria, o adolescente pode ficar internado em instituição para adolescente pelo período que varia de seis meses a três anos, o máximo previsto pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

O advogado, contudo, alega que, no caso do sequestro, o primo de Bruno apenas foi chamado a participar de um "susto"em Eliza e por isso foi chamado a ir do Rio até o sítio do jogador, em Esmeraldas (região metropolitana de Belo Horizonte).

Quanto ao homicídio, Lima disse que não existe nenhuma comprovação de que Eliza está morta e que, por esse motivo, a Justiça não pode levar em consideração esse argumento para punir o adolescente. Foi ele quem primeiro contou à polícia do Rio o que acontecera com a ex-amante de Bruno, que brigava na Justiça pelo reconhecimento da paternidade do seu bebê de cinco meses.

Disse que Bruno estava na casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, quando Eliza foi morta e depois recuou dessa informação. Negou também que Bola tenha matado a ex do goleiro.

Recém contratado para ser o advogado do adolescente, Lima chegou a alegar que o adolescente que as declarações anteriores do garoto se deu "sob forte pressão das autoridades policiais". No entanto, um dos depoimentos anteriores do adolescente ocorreu perante um outro advogado nomeado pela Justiça.

O promotor não representou contra o adolescente pela ocultação de cadáver, por haver dúvidas se ele participou desse outro crime.

Após receber os argumentos da defesa, o juiz Elias Charbil Abdou Obed terá até meados de agosto para dar a sentença. Para esta semana, a polícia espera que o juiz autorize uma acareação entre o adolescente e Sérgio Sales, o Camelo, outro primo de Bruno. O inquérito está em fase final de elaboração, mas laudos ainda precisam ser enviados pela Instituto de Criminalística.

 

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