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13/08/2010 - 13h58

Policiais militares são afastados sob suspeita de duas mortes em São Paulo

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NÁDIA GUERLENDA CABRAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Dois policiais militares foram afastados de suas funções por serem suspeitos de dois homicídios ocorridos no dia 11 de julho, na zona norte de São Paulo. Um adolescente, sobrevivente do crime, reconheceu os policiais como os autores dos disparos que mataram dois usuários de crack no Jardim Peri.

Segundo a PM, com base nas denúncias e informações prestadas pela testemunha, os policiais foram designados para o expediente administrativo na corregedoria, para "facilitar e garantir a transparência no esclarecimento dos fatos".

O crime aconteceu por volta das 3h20 do dia 11 de julho, na rua Condessa Amália Matarazzo, 150. Dois homens se aproximaram e pediram um cigarro a uma das vítimas, Carlos Eduardo Moura Silva, 31, o "Duda", antes de começar a atirar.

Segundo o depoimento do adolescente, os criminosos conheciam Duda e o chamaram pelo nome. O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), que investiga o caso, considera que ele era o alvo principal do crime.

De acordo com a polícia, quando Duda foi pegar o cigarro os criminosos começaram a atirar nele e em outras pessoas próximas. Duda e Éder Paulo Laurentino, 28, foram mortos no local. Conforme informações obtidas pela Folha, Laurentino era sobrinho de um delegado.

Em depoimento, o adolescente disse que os criminosos estavam usando capuzes, mas os retiraram quando começaram a atirar. Foi assim que, segundo ele, pôde reconhecer os dois policiais militares, que costumavam fazer patrulhamento na área.

O adolescente recebeu um tiro nas costas e ficou caído no chão. Segundo ele, os criminosos fizeram menção de continuar atirando, mas fugiram quando outras pessoas se aproximaram. Segundo o adolescente disse à polícia, essas pessoas pararam um carro da PM que passava pelo local e pediram que ele fosse levado ao hospital.

Segundo a PM, o adolescente formalizou a denúncia contra os policiais no dia 4 de agosto, após vê-los em um carro da polícia. A assessoria informou que existem contradições no depoimento do adolescente e que a autoria ainda não foi confirmada. O adolescente foi incluído no programa de proteção à testemunha.

A Corregedoria da PM e o DHPP investigam a motivação do crime. Entretanto, há dificuldade em encontrar testemunhas, que não querem depor por medo de represálias.

 

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