Queimadas provocam corrida a postos de saúde na Amazônia

A fumaça originada de queimadas vem provocando um aumento na procura por postos de saúde de cidades da Amazônia. O ar poluído e a baixa umidade do ar estão causando problemas respiratórios na população.

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Altamira, São Félix do Xingu (PA), Lagoa da Confusão (TO), Peixoto de Azevedo e Aripuanã (MT) registraram uma corrida aos postos. Os municípios, porém, não souberam precisar de quanto foi o aumento.

Niels Andreas/Folhapress

Área de cerrado próxima a Brasília queimada por incêndio; incêndios fazem Brasília registrar poluição semelhante a de SP

Em Peixoto de Azevedo (MT), a prefeitura precisou comprar mais nebulizadores e medicamentos usados no combate a problemas respiratórios. Segundo o prefeito Sinvaldo Brito (PP), a cidade, que tem 217 focos de calor registrados pelos satélites, deve decretar situação de emergência.

Mais de 150 alunos ficaram sem aulas durante cinco dias, na semana passada, por causa da fumaça e do calor. Pontes de madeira que levam aos colégios também foram destruídas pelo fogo.

Em Aripuanã, segundo a Secretaria da Saúde, os mais atingidos são as crianças, que sofrem com sensação de falta de ar e pneumonia.

Nas capitais, também é grande a procura por atendimento. Em Palmas (TO), 468 pessoas foram submetidas à nebulização em Unidades de Pronto Atendimento neste mês. A cidade registrou, na semana passada, índice de umidade igual a do deserto do Saara. O pico de atendimentos foi em maio.

Em Porto Velho (RO), a Secretaria da Saúde recomenda que a população use roupas leves, aumente a ingestão de líquidos e evite praticar atividades físicas entre 10h e 17h.

Os níveis de monóxido de carbono particulados na cidade têm sido o dobro do registrado em períodos críticos de poluição na cidade de São Paulo, segundo o Inpe.

O governo do Amazonas anunciou, ontem à noite, que vai baixar portaria suspendendo as autorizações de desmatamento para os planos de manejo florestal no sul do Estado. Também diz que intensificará as ações de fiscalizações com apoio da Polícia Federal, bombeiros e Polícia Militar na região.

Ontem, Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO) continuaram envolvidas por um nuvem de fumaça. A névoa voltou a prejudicar as operações nos aeroportos locais.