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Táxis clandestinos atuam livremente em Ribeirão Preto (SP)
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ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO
Próximo ao pronto-socorro Castelo Branco; num posto de gasolina da avenida Nove de Julho com a Portugal; perto do viaduto da Francisco Junqueira com a Independência; e na altura do número 62 da rua Marisa.
Esses são alguns "pontos" usados por taxistas clandestinos, que atuam livremente em Ribeirão Preto (a 313 km de SP) sem ser incomodados pela fiscalização da Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte).
Também não é difícil encontrar cartões com os telefones dos motoristas que prestam o serviço irregular. Eles deixam o item em locais de grande circulação --em recepção de hotéis ou em universidades, por exemplo.
Em uma corrida com um táxi clandestino, que tem preço fechado conforme a distância, o passageiro pode pagar quase a metade do preço cobrado pelos carros que cobram pelo taxímetro.
A diferença de valores atrai e até fideliza usuários como a assistente de rede Bruna Gomes Ferreira, 24.
"Quase todo final de semana eu uso [o táxi clandestino]. A diferença que eu vejo é o preço. Acho mais seguro que mototáxi e mais barato que o táxi normal", conta.
Ela diz que recorre sempre a um motorista que já conhece, mas tem diversos cartões na bolsa, para as ocasiões em que ele não pode atendê-la.
Os carros de taxistas irregulares não têm de passar por vistorias periódicas, não pagam taxa à prefeitura, não têm taxímetro e não há como o passageiro responsabilizar o motorista em caso de acidentes ou perda de objetos dentro do veículo.
Daniel Ferranti, taxista cadastrado na Transerp, diz que os clandestinos causam "prejuízo" aos regularizados.
"A gente perde serviço. A pessoa que poderia andar com o táxi certo, acaba fazendo corrida com clandestino e, às vezes, sem saber."
Ferranti trabalha como taxista regularizado em Ribeirão há 43 anos. O município tem limite de 384 táxis regulares e quase o mesmo número de clandestinos, segundo estimativa de taxistas ouvidos pela Folha.
Eles afirmam que já entregaram à prefeitura relações de pontos e até placas de carros para serem investigados, mas nada foi feito até agora.
"Eu mesmo entreguei na Transerp mais de 200 cartões de visita diferentes", afirmou um taxista que preferiu não se identificar por temer a reação dos colegas ilegais.
A prefeitura confirma ter recebido documentações sobre a atividade dos taxistas sem autorização, mas diz desconhecer a quantida de exata de carros que atuam irregularmente no município.
O diretor de Transportes da Transerp, José Mauro de Araújo, diz que a falta de identificação dos carros clandestinos dificulta a fiscalização. Segundo o diretor, a Transerp estuda uma estratégia de ação. "Posso garantir que seremos rigorosos."
Silva Junior/Folhapress | ||
Repórter Araripe Castilho embarca em taxi clandestino na área central de Ribeirao Preto, no interior de São Paulo |
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