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Senado aprova reavaliação de alistamento militar de formados na área da saúde
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GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA
As Forças Armadas ganharam força para recrutar jovens formados na área da saúde que, após dispensa do serviço militar obrigatório, relutam em servir ao Exército, Marinha e Aeronáutica. Projeto aprovado nesta terça-feira no Senado estabelece que a dispensa concedida no período do alistamento militar para que os jovens façam curso superior precisa ser revalidada após a conclusão da faculdade - quando as Forças Armadas vão analisar a eventual necessidade de incorporação ao serviço militar obrigatório.
O projeto seguiu para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva depois de aprovado, em caráter terminativo, pela CRE (Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional) do Senado. O texto não chegou a passar pela análise do plenário da Casa.
Segundo o texto, de autoria do governo federal, a incorporação à vida militar pode aguardar a conclusão de residência médica ou pós-graduação do estudante. "Essa iniciativa decorre da demanda existente em especial na realização de ações subsidiárias de assistência à saúde pelas Forças Armadas em áreas do interior do país", diz a justificativa do Executivo.
O governo argumenta que o projeto tem por objetivo evitar que os jovens recorram à Justiça depois de formados para não retornar à vida militar. O foco da medida são médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários que conseguiram dispensa aos 18 anos para cursarem a faculdade.
A comissão também aprovou outro projeto, que segue para sanção presidencial, com alterações no chamado EAS (estágio de adaptação e serviço) das Forças Armadas. De autoria do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), o texto garante aos profissionais da saúde que realizarem o estágio pontuação extra nas provas de seleção para residência médica.
Segundo o deputado, o projeto quer estimular os jovens a ingressarem na vida militar. "Há a necessidade de suprir carência pontual das Forças Armadas de pessoal da área de saúde, particularmente médicos, para servir em organizações militares em zonas inóspitas do Brasil", diz o deputado.
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