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03/09/2010 - 15h13

Rio começa a construir casas para desabrigados dos morros do Bumba e do Céu

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DA AGÊNCIA BRASIL

Passados cinco meses do deslizamento no morro do Bumba, em Niterói, que deixou 48 pessoas mortas, o governo do Rio inicia nesta sexta-feira a construção de 180 casas para as famílias que ficaram desabrigadas. Os moradores do morro do Céu, que tiveram que sair de suas casas por causa do risco de desabamento, após os temporais do início de abril, também serão beneficiados. Serão investidos nas obras R$ 11 milhões e a previsão é que os apartamentos sejam entregues em março de 2011.

De acordo com a secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, o aterro no morro do Céu será desativado e 140 das 180 moradias serão destinadas às famílias que lá residem. O restante será para os moradores do morro do Bumba.

"No morro do Céu haverá o encerramento do aterro, que, por enquanto continuará por alguns anos como um local a ser monitorado e mantido. No morro do Bumba [onde as casas foram erguidas em cima de um lixão] é que após as obras de estabilização que estamos finalizando faremos um reflorestamento numa área de encosta, e na parte de baixo faremos uma urbanização. Isso nós vamos discutir com o moradores e os parentes das vítimas", informou Ramos.

Uma das ideias apresentadas até o momento é a construção de uma praça no local onde houve a tragédia, com anfiteatro, quadras de esporte e uma memorial em homenagem aos mortos. Está prevista também a estabilização da encosta, o reflorestamento e a drenagem do chorume na região.

Na semana passada, moradores do morro do Bumba fizeram um protesto em frente à Prefeitura de Niterói para criticar a construção do memorial e relatar as dificuldades enfrentadas por eles. A presidente da Associação de Moradores do Morro do Bumba, Norma Sueli, afirmou que o governo apresenta soluções, que não são postas em prática. Em relação ao memorial, Norma destaca que a prioridade das vítimas é a moradia.

"Eu penso que é justo o que eles vão fazer. As pessoas já estão com a paciência esgotada, porque cinco meses após a tragédia, e até agora nada. Pessoas ainda estão no abrigo, muitas estão voltando para o morro porque algumas casas ficaram vazias e o salário social não sai. Essa questão do memorial é muito triste, a prioridade é a moradia. Se botassem uma igreja com o nome das pessoas que se foram, por exemplo, seria bem melhor que o memorial porque ali tinha uma igreja", afirmou Norma.

Segundo a Prefeitura de Niterói, atualmente, há 500 pessoas em dois abrigos e 3.200 famílias estão sendo beneficiadas com o aluguel social.

O secretário de Obras, Hudson Braga, anunciou também que até agosto de 2012 mais 5.000 apartamentos serão construídos no bairro do Sapê para realocar os desabrigados pelas chuvas em Niterói e São Gonçalo que estão recebendo aluguel social. O início das obras está previsto para janeiro e elas serão financiadas pelo governo estadual.

Braga afirmou que R$ 60 milhões serão investidos em obras de prevenção, como contenções de encostas, a fim de evitar desmoronamentos durante o próximo período de chuvas em Niterói.

 

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