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17/09/2010 - 16h53

PM acusado de matar dois vizinhos foge de presídio militar em SP

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ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

Preso sob a acusação de matar dois vizinhos por causa do barulho no bairro onde vivia, o terceiro-sargento da Polícia Militar Paulo Roberto Ferreira, 37, fugiu na noite de quinta-feira (16) do Presídio Militar Romão Gomes, no Jardim Tremembé (zona norte de São Paulo).

O Comando Geral da PM informou à reportagem na tarde desta sexta que ainda "não se sabe a forma como se deu a fuga, tendo sido instaurado um IPM (Inquérito Policial Militar) para o esclarecimento [da fuga]."

O sargento Ferreira confessou que matou a tiros um vizinho e um jovem de 17 anos por causa de barulho no bairro onde vivia, em Cotia (município da Grande São Paulo). Outros dois PMs estão presos acusados de ajudá-lo no crime.

O jardineiro Jocicloves Macena de Souza, 32, vizinho do PM, e Airton Oliveira da Silva, 17, foram mortos a tiros no dia 30 de maio, em Embu (Grande São Paulo).

O pai de Airton também foi ferido no atentado, mas sobreviveu e reconheceu o sargento Ferreira como autor do crime. Outro filho dele, um menino de sete anos, viu quando dois homens em uma moto amarela atiraram e mataram seu irmão e o jardineiro.

Na manhã de 30 de maio, as vítimas tinham ido até Embu porque um homem que se identificou como Sérgio havia ligado para Souza e pedido um orçamento para um trabalho de jardinagem. A polícia tenta descobrir se Sérgio existe ou não.

De acordo com os sobreviventes do atentado, quando passavam pela estrada Velha de Cotia, o jardineiro pediu para parar o carro em que estavam porque viu um conhecido chamado Paulo parado na estrada e tinha a intenção de ajudá-lo.

O jardineiro acreditou que Paulo estava com sua moto quebrada, caminhou em sua direção e foi baleado ao estender a mão para cumprimentá-lo.

Testemunhas ouvidas pela Corregedoria da Polícia Militar afirmaram que o terceiro-sargento Ferreira ameaçara o vizinho Souza oito dias antes do crime.

Segundo elas, a desavença entre o PM Ferreira e o jardineiro ocorreu porque Souza gostava de ouvir som alto em sua casa e também porque seu cachorro latia muito, o que irritava o policial.

O sargento Ferreira trabalhava no setor administrativo do 42º Batalhão, em Osasco (Grande São Paulo).

Ele estava afastado das ruas desde 2007, quando matou um homem a pauladas durante um trabalho policial. O PM afirmou à Justiça que o homem havia tentado agredi-lo com uma faca.

A reportagem tentou, mas não conseguiu localizar nesta sexta-feira a advogada de defesa do PM Ferreira, que estava no Presídio da PM paulista desde 16 de julho.

Inicialmente, à Corregedoria da PM o policial Ferreira negou participação no duplo homicídio e disse que passou o dia 30 de maio no parque Ibirapuera (zona sul de SP), onde foi assistir um show musical com sua mulher.

 

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