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27/09/2010 - 17h40

Promotor diz que suspeita contra pai dos Cravinhos em morte de casal é frágil

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JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

O promotor Roberto Tardelli disse nesta segunda-feira que não acredita no suposto envolvimento do pai dos irmãos Cravinhos, Astrogildo Cravinhos, no assassinado do casal Richthofen, ocorrido em 2002, em São Paulo. Em entrevista ao "Fantástico", exibido ontem pela Rede Globo, o promotor Eliseu José Berardo Gonçalves afirmou que, em uma audiência, Suzane von Richthofen, 25, revelou a participação de uma outra pessoa no crime.

Procuradoria quer abertura de processo disciplinar contra promotor
Promotor é punido por suposta tentativa de sedução de Suzane
Ministério Público dá parecer favorável à transferência de Suzane
"Comportamento manipulador" faz promotor dar parecer contra liberdade
Entenda o caso da morte do casal Richthofen

André Porto/Folhapress
Suzane von Richthofen é escoltada ao tribunal; promotor é punido por suposta tentativa de sedução da jovem
Suzane von Richthofen é escoltada ao tribunal; promotor é punido por suposta tentativa de sedução da jovem

De acordo com Gonçalves, a jovem afirmou que "o dia, o local, o horário, a maneira da execução foi tudo planejado pelo senhor Astrogildo Cravinhos".

À Folha o promotor do caso, Roberto Tardelli, disse, porém, que não pretende inquirir Astrogildo. Segundo ele, a alegação é frágil, parte de uma criminosa "especialista na arte de manipular" e que, na época, o pai dos Cravinhos foi investigado, mas nada se comprovou contra ele.

"Não há uma uma única linha no processo sobre isso. Se juntarmos as quase 20 horas de depoimento de Suzane, ela nunca disse nada sobre ele [Astrogildo]".

Denivaldo Barni, advogado de Suzane, disse apenas que irá requisitar o documento em que Suzane teria feito essa afirmação. Segundo o "Fantástico", porém, Suzane não assinou as declarações em nenhum documento oficial.

O promotor Eliseu José Berardo Gonçalves concedeu a entrevista em um momento em que está afastado do Ministério Público Estadual. Como a Folha revelou no último dia 15, ele foi punido pela Corregedoria-Geral da instituição porque teria assediado Suzane em seu gabinete, colocando músicas românticas. Gonçalves nega.

A pena começou a ser cumprida na última quarta-feira. O advogado do promotor, Heráclito Antônio Moussin, disse que já entrou com pedido de revisão da pena no Conselho Nacional do Ministério Público para reverter a suspensão.

INVESTIGAÇÃO

A Procuradoria-Geral de Justiça informou nesta segunda que vai encaminhar para a Corregedoria-Geral do Ministério Público um pedido para que seja instaurado um procedimento disciplinar contra o promotor Gonçalves.

Em nota, a Procuradoria diz que o procedimento disciplinar deverá apurar uma possível "falta funcional praticada em razão de o promotor não ter tomado providências à época em que tomou conhecimento de fato." O órgão afirmou ainda que para instruir o procedimento foi solicitada à emissora cópia da entrevista.

 

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