Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
06/10/2010 - 19h59

Perícia confirma que tiros que atingiram juiz no Rio partiram de policiais

Publicidade

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Uma perícia confirmou que os tiros que atingiram o juiz trabalhista Marcelo Alexandrino da Costa Santos, 39, baleado com a família no último sábado, quando se deparou com uma blitz policial em Jacarepaguá (zona oeste do Rio) e supôs que fosse falsa, foram disparados do fuzil de um policial.

Juiz baleado no Rio divulga nota e acusa policiais por tiros
Juiz e crianças baleados na zona oeste do Rio não correm risco de morrer
Delegado e seis policiais civis são afastados do cargo após juiz ser baleado no Rio
Corregedoria vai investigar tiroteio que feriu juiz e crianças no Rio
Juiz e duas crianças são baleados por grupo armado no Rio

A informação foi divulgada pela Polícia Civil na noite desta quarta-feira. Dois policiais serão indiciados por tentativa de homicídio: Bruno Rocha Andrade, que teria feito os disparos que atingiram a família; e Bruno Souza da Cruz, que também disparou contra o carro e sustentou a versão de uma troca de tiros com os ocupantes de um Honda Civic.

O próprio juiz já tinha divulgado uma nota nesta quarta contrariando a versão apresentada pelos policiais que promoviam a blitz. Eles disseram à Corregedoria da Polícia Civil que, quando o juiz desviou da fiscalização, um Honda Civic fez o mesmo, atirou contra os policiais e acabou atingindo o carro do magistrado.

De acordo com os peritos, os cartuchos arrecadados no local eram dos fuzis que estavam com os dois policiais. Já os fragmentos e balas encontrados no corpo do juiz e da enteada dele partiram da arma que estava com Andrade.

"Nada há de mais aterrador do que a imagem de um agente público, que de nós deveria cuidar, disparando arma de fogo, com a intenção de matar, contra um casal de bem e suas crianças inocentes apenas para satisfazer seu desejo de exibir um poder que, fora dos limites legais, simplesmente não existe", afirma o juiz.

Informada sobre o teor da declaração do juiz, a assessoria de imprensa da Polícia Civil tinha afirmado que, se ficasse comprovado que os tiros disparados contra o carro do juiz partiram dos policiais, eles seriam demitidos.

Santos permanece internado em um quarto do hospital Pasteur, no Méier (zona norte), sem previsão de alta hospitalar. Ele está lúcido, respira sem aparelhos e, além do atendimento da equipe médica, recebe acompanhamento fisioterápico e psicológico.

Seu filho e a enteada estão internados em outro hospital, o Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, e também estão em recuperação. Segundo a unidade de saúde, eles não correm mais risco de morte

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página