Ibirapuera, em São Paulo, remove peixes para limpar lago

Os peixes do lago 1 do parque Ibirapuera (zona sul de SP) passarão por mudança de domicílio. Nos próximos dias, eles serão conduzidos por uma rede até o lago 2 devido à primeira obra de desassoreamento desde a inauguração do parque, em 1954.

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A obra, que custará R$ 3,92 milhões ao governo estadual e à prefeitura, será feita para aumentar a lâmina de água para um metro de profundidade. Hoje, ela tem só 50 cm.

A meta principal é melhorar a oxigenação dos organismos que habitam o lago.

Na última terça-feira (16), vários detritos boiavam sob uma ponte do local, enquanto os peixes tentavam abocanhá-los.

De acordo com a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, após chuvas intensas como as de terça, é comum que garrafas pet, embalagens e bitucas de cigarro atravessem a estação da Sabesp localizada no parque.

O que será feito agora é a retirada de cerca de 4.000 toneladas de sedimentos acumulados no fundo do lago ao longo dos anos. Nos próximos dias, será retirado manualmente o lixo superficial e troncos de árvores.

De dezembro até março, será feito o desassoreamento, com a sucção do material depositado (principalmente areia), por meio de balsa com uma bomba, e despejo do material sólido em um aterro na cidade de Itapevi, na Grande São Paulo.

"Foi feita uma contagem dos peixes para levantar a densidade nos lagos e verificamos que é possível fazer essa transposição", diz Fernanda Frediani, coordenadora de desassoreamento da V.A. Saneamento Ambiental.

Segundo ela, o volume de água do lago não vai diminuir durante o processo.

Além do desassoreamento, o parque passará por outras melhorias até o início de 2011. A ciclovia e a marquise serão reformadas e, em breve, os postes e fios elétricos aparentes desaparecerão, já que a obra de enterramento dos cabos já está concluída.

Imagens e edição: Thiago Brizola