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Comércio de crack de SP deve ficar desabastecido por cerca de 6 semanas, diz polícia
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JULIANNA GRANJEIA
DE SÃO PAULO
O diretor do Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos), Marco Antônio de Paula Santos, afirmou nesta sexta-feira que, com a apreensão de cerca de 300 kg de crack na tarde de hoje, o comércio da droga na zona leste e na região central de São Paulo deve ficar desabastecido por aproximadamente seis semanas.
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No local da apreensão, uma casa na avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, na zona leste de SP, funcionava uma espécie de indústria de fabricação do crack. A casa foi localizada depois de um mês e meio de investigação. "Nesse laboratório encontramos um maquinário industrial, por exemplo um liquidificador com quase um metro de altura usado para a mistura do crack. Eles já estavam trabalhando como uma pequena indústria", disse Santos.
Ele afirmou que para se chegar ao laboratório foi preciso quebrar paredes. "É uma residência de três andares. Depois que quebramos a parede é que descobrimos que ela tinha um sistema de funcionamento que abria essa parede de forma elétrica", disse o diretor do Denarc. "É possível que seja a maior apreensão do Brasil dessa droga".
O delegado afirmou que a produção do laboratório abastecia toda a zona leste e a região central de São Paulo conhecida como Cracolândia. De acordo com Santos, cada 1 kg da droga rende 1,2 mil pedras de crack. O total apreendido produziria 360 mil pedras. Para a venda, restava apenas quebrar a droga em pedras.
"Está confirmado que eles vendiam cerca de 50 kg de crack por semana, ou seja, 60 mil pedras de crack eram colocadas por essa quadrilha, por semana, na zona leste e na Cracolândia. É muita coisa, acredito que o mercado deve ficar desabastecido nessas duas regiões por cerca de seis semanas", afirmou o delegado.
Na casa, um homem de 28 anos --sem passagem pela polícia-- foi preso. Um adolescente de 17 anos que também estava no local foi apreendido. O delegado afirmou que o pai do jovem foi preso há três meses pela Polícia Federal, no centro de São Paulo, com cerca de 400 kg de pasta-base de cocaína.
O diretor do Denarc também afirmou que as investigações continuam para tentar identificar os fornecedores da droga bruta para ser transformada em crack. "Nós estamos há algum tempo tentando descobrir os canais de fornecimento de crack e identificar os vendedores no atacado", afirmou.
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