Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
23/12/2010 - 12h48

Em Porto Alegre (RS), aeroporto tem poucos atrasos e tranquilidade

Publicidade

NAIRA HOFMEISTER
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE PORTO ALEGRE

Os sindicalistas ligados ao setor aéreo em Porto Alegre optaram por fazer uma manifestação discreta, pacífica e silenciosa na manhã de hoje no Aeroporto Internacional Salgado Filho, na capital gaúcha.

Veja especial sobre o setor aéreo
Sindicatos anunciam suspensão da greve do setor aéreo
TST ordena que 80% dos funcionários das companhias aéreas trabalhem na greve
Jobim diz que fracasso de negociações é culpa das companhias
Anac admite problema em aeroportos amanhã
TAM diz que manifestações de aeroviários não afetaram operações

Durante a manhã, um grupo de seis dirigentes do Sindicato dos Aeroviários local distribuiu uma nota aos passageiros e empregados do setor que se aproximavam.

"Se as empresas não atenderem a 80% dos usuários serão multadas em R$ 100 mil por dia também?", questionava o documento, em uma referencia à punição prevista caso a decisão do Tribunal Superior do Trabalho --que determinava que 80% dos funcionários trabalhassem, se houvesse greve.

Dos 41 voos domésticos que deveriam decolar até às 11h de hoje, cinco sofreram atrasos e outros dois foram cancelados.

Os passageiros não precisavam enfrentar filas para check-in ou embarque em nenhum dos dois terminais do aeroporto. "Para mim foi um alívio", afirmou o médico Giancarlo Bessa, 29. Natural do Estado de Goiás e servidor da Santa Casa de Porto Alegre, há dez anos ele não consegue passar o Natal ao lado dos familiares.

O médico conta que só ficou sabendo da situação normal no aeroporto pelo rádio, apesar de ter seguido rigorosamente as instruções da Infraero antes de sair de casa. "Liguei inúmeras vezes. O telefone estava sempre ocupado ou chamava e ninguém atendia", declarou.

Do lado de trás dos balcões de check-in, os servidores também se sentiam aliviados. "Estava preparada para uma greve, mas acho que foi melhor assim. Temos que entender o lado do passageiro", disse Solange Leal, 28, há dois anos trabalhando na Gol.

NO PAÍS

Até as 12h, a Infraero (estatal que administra os aeroportos do país) registrava 373 (33%) voos com mais de meia hora de atraso entre os 1131 programados, e 57 (5%) cancelados.

No horário, o aeroporto internacional de Guarulhos (Grande SP) tinha 39 (43,3%) voos atrasados, dos 90 programados e 3 (3,3%) cancelados. Já no aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo, dos 96 voos programados, 25 (26%) sofreram atrasos e 19 (19,8%) foram cancelados.

No aeroporto Santos Dumont, no Rio, dos 65 voos, 11 (16,9%) estavam atrasados e 13 (20%) haviam sido cancelados. No Galeão, também no Rio, dos 56 voos, 30 (53,6%) sofreram atrasos e 2 foram cancelados (3,6%).

No aeroporto de Brasília, dos 89 voos programados, 40 (44,9%) estavam atrasados e 1 voo (1,1%) foi cancelado.

Mateus Bruxel-22.dez.10/Folhapress
Passageiros aguardam voo no setor de embarque do aeroporto de Congonhas, na zona sul de SP, na noite de quarta (22)
Passageiros aguardam voo no aeroporto de Congonhas, na zona sul de SP, na noite de quarta-feira (22)

GREVE

A greve dos funcionários das empresas aéreas, que estava prevista para hoje, foi suspensa. Os sindicatos nacionais dos aeroviários (funcionários que trabalham em terra) e dos aeronautas (pilotos e comissários) anunciaram no início da manhã a suspensão temporária da greve, após assembleia.

De acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas, a entidade vai tentar reverter três liminares judiciais --emitidas entre o final da noite de ontem e madrugada de hoje-- contra a paralisação. O valor das multas chega a R$ 800 mil por dia.

Em uma das liminares, o presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro Milton de Moura França, determina que sejam mantidos em atividade 80% dos funcionários das companhias aéreas até o dia 2 de janeiro.

Arte/Folhapress

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página