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27/12/2010 - 18h34

Metalúrgico morto em Monte Mor (SP) tentou defender mulher e filho

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MAURÍCIO SIMIONATO
DE CAMPINAS

O homem morto a tiros na manhã desta segunda-feira dentro de um terminal de ônibus, em Monte Mor (117 km de São Paulo), foi atingido após entrar na frente da mulher e do filho de um ano para defendê-los dos disparos. A informação foi passada à Polícia Civil por testemunhas do crime.

Fiscal é suspeito de matar metalúrgico em Monte Mor

A Polícia Civil instaurou inquérito nesta tarde para apurar o crime de homicídio doloso (com intenção de matar) --qualificado por motivo fútil.

O fiscal de ônibus da Viação Boa Vista Everaldo José da Silva, 37, é apontado pela Polícia Civil como principal suspeito de matar com dois tiros o metalúrgico Jackson Vasconcelos, 21, após uma discussão dentro do terminal intermunicipal.

O crime ocorreu por volta das 5h30 no terminal de ônibus Vereador Geraldo Benini, no bairro São Clemente, na periferia da cidade. O fiscal está foragido. A polícia foi até a casa do fiscal nesta tarde, mas não havia ninguém no local. A arma do crime ainda não foi localizada.

No total, foram feitos três disparos, mas um não atingiu Vasconcelos, que foi baleado nas costas e no braço. Ele ainda chegou a ser levado a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

Vasconcelos estava acompanhado da mulher e do filho no momento do crime. A polícia deve ouvir amanhã (28) testemunhas para esclarecer detalhes sobre a motivação. A mulher do metalúrgico deve ser a primeira a prestar depoimento.

Uma das hipóteses para a motivação seria que a mulher de Vasconcelos, Marília, 23, não queria passar pela catraca do terminal porque estava carregando malas e o bebê no colo. Ela queria passar por um portão lateral que dá acesso ao terminal intermunicipal.

Testemunhas relataram à polícia que o fiscal não concordou com o pedido e ameaçou a mulher de Vasconcelos com a arma.

"Segundo testemunhas, o fiscal sacou a arma no momento da discussão e apontou para a mulher. Então ele [Vasconcelos] entrou na frente da família, dando as costas para o fiscal, que atirou", disse o delegado responsável pelo caso, José Eduardo Cury. "Foi um crime com motivação banal", disse o delegado.

O fiscal trabalha na Viação Boa Vista há cerca de quatro anos. O diretor de comunicação da viação, Paulo Barddal, disse que a empresa não tinha conhecimento de que o funcionário andava armado.

O diretor da empresa disse ainda que a Boa Vista já se colocou à disposição da família e da polícia.

A empresa também fará um apuração interna dos fatos. O diretor disse que o fiscal havia passado recentemente por treinamento e por avaliação psicológica.

A pena prevista para homicídio doloso vai de 12 a 30 anos de prisão, podendo ser ampliada por agravantes.

 

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