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28/12/2010 - 16h32

Médicos do SUS fazem paralisação no Rio Grande do Norte

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ESTELITA HASS CARAZZAI
DE SÃO PAULO

Cerca de 500 médicos que atendem pelo SUS (Sistema Único de Saúde) no Rio Grande do Norte iniciaram uma paralisação na noite desta segunda-feira (27) em protesto contra o atraso no pagamento dos honorários pelo governo do Estado.

Os médicos integram a Coopmed (Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte), contratada pelo governo estadual para prestar serviços de alta e média complexidade em hospitais do SUS, além de fornecer médicos plantonistas.

Segundo o presidente da cooperativa, Fernando Pinto de Paiva, os 500 profissionais paralisados representam quase a totalidade dos médicos plantonistas e cirurgiões do SUS no Estado. Eles mantêm, porém, o atendimento a pacientes internados (que já passaram por cirurgias) e a urgências e emergências.

De acordo com Paiva, o governo estadual está devendo R$ 2,2 milhões em complementações de salário aos médicos --alguns estariam há quatro meses sem receber.

A complementação é um valor adicional pago aos profissionais, acertado entre médicos e o governo estadual, para "corrigir" o valor de tabela do SUS --que, segundo eles, está defasado.

No caso da Coopmed, a complementação dobra o valor de tabela do SUS, e é bancada pela Prefeitura de Natal (que paga 40% do valor) e pelo governo do Estado (que paga 60%). Só o governo do Estado está devendo, segundo Paiva.

A Secretaria Estadual de Saúde admite a dívida, mas diz que ela é pelo menos 30% menor do que o informado pela cooperativa. Segundo a pasta, apenas o pagamento de dois meses (outubro e novembro) está atrasado.

Os médicos não foram pagos ainda, diz a secretaria, porque "os recursos destinados à saúde são insuficientes para manter o pagamento em dia, como acontece em todo o país".

O presidente da Coopmed diz que a paralisação só deve terminar quando houver acordo entre médicos e governo estadual para o pagamento da dívida.

 

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