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Mãe do bebê que ficou 12 horas em saco diz que tentou dar futuro melhor à criança
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DE BELÉM
O advogado da mulher que embrulhou num saco plástico seu filho recém-nascido e o jogou na casa de um vizinho, em Belém (PA) na noite de Natal, disse que ela estava tentando dar à criança um futuro melhor.
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De acordo com o defensor Paulo Barradas, a mãe de 20 anos achou que, caso o bebê fosse descoberto, seria expulsa da casa em que morava, com a tia, e que não seria acolhida pela família no interior do Maranhão, de onde saiu há pouco menos de um ano. "Ela vem de uma família muito retrógrada", disse o advogado.
Ficou então "muito assustada" com a possibilidade de não conseguir criá-lo e imaginou que o vizinho, "de uma família honesta", pudesse fazê-lo.
Na versão da polícia, a mulher jogou o bebê por sobre um muro, que tem cerca de dois metros. Barradas discordou do uso do verbo "jogar" para o que a mãe fez com o recém-nascido.
Segundo o advogado, ela se debruçou o máximo que pôde no muro e esticou o braço que segurava o saco, para que o bebê não sofresse com a queda. "Se ela quisesse matá-lo, teria perfurado ele com a tesoura que usou para cortar o cordão umbilical."
A criança continua hospitalizada na Santa Casa de Misericórdia de Belém, mas não corre risco de morrer. Devido ao incidente, teve apenas escoriações.
De acordo com Barradas, a mãe vai pedir a guarda do filho. Caso não consiga, a avó do bebê também tentará ficar com ele.
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