Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
15/01/2011 - 23h12

Justiça de Teresópolis (RJ) cadastra casais interessados em adotar crianças

Publicidade

DE SÃO PAULO

Atualizado em 16/01/2011 às 15h47.

Neste domingo (16), a juíza Inês Coutinho, da Vara da Infância de Teresópolis, vai montar um posto de atendimento para cadastrar casais interessados em adotar crianças do município, devastado pelas chuvas que atingiram a região serrana do Rio.

Acessos a Nova Friburgo são reabertos
Veja lista parcial com as vítimas
Leia relatos sobre os estragos
Saiba como fazer doações para as vítimas das chuvas
Veja como ficaram os pontos turísticos
Veja imagens dos estragos no Rio
Veja cobertura sobre chuvas na região serrana do Rio

O número de mortos em consequência das chuvas na cidade chegou a 263 na noite deste sábado, segundo balanço divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil. Equipes ainda buscam vítimas. Nos cinco municípios atingidos, são 613 vítimas.

O posto da Vara da Infância estará no ginásio Pedro Jahara ("Pedrão"), à rua Tenente Luiz Meirelles, 211, centro, a partir das 9h. O local funciona como central de doações e abrigo para as famílias que perderam suas casas.

Em nota divulgada na tarde deste domingo, a juíza afirma que as crianças que perderam os pais na catástrofe serão encaminhadas para abrigos especializados, e, assim que possível, serão levadas para guardiões inscritos na lista nacional de pretendentes à adoção, para guarda provisória ou participação no Programa Lar Acolhedor.

"Os que, na tragédia, se comoveram e pretendem se inscrever para guarda ou adoção deverão se dirigir ao Fórum de Agriões a partir da segunda-feira (17), para ingressarem no cadastro regular de adoção", afirma a magistrada.

Editoria de Arte/Folhapress

SUSTO

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), sentiu hoje na pele o efeito das chuvas na região serrana. Com visita programada a Nova Friburgo para as 11h, ele não conseguiu pousar na cidade de helicóptero e teve que descer em Cachoeiras de Macacu, a 40 km.

No meio do caminho, na rodovia estadual RJ-116, caiu uma chuva forte e houve um deslizamento abaixo do nível do asfalto, que começou a se desfazer. "É assustador. De repente a água vem e a estrada que estava semibloqueada começa a ruir", disse Cabral.

Foi decretado luto oficial de sete dias no Estado e de três dias no Brasil.

Ontem, Cabral afirmou hoje que haverá o momento de se fazer "autocrítica" e "avaliação" sobre a tragédia na região serrana, mas ainda não é hora.

Roberto Ferreira/Efe
Moradores deixam zona rural de Teresópolis, na região serrana do Rio, afetada pelas chuvas; veja mais imagens
Moradores deixam zona rural de Teresópolis, na região serrana do Rio, afetada pelas chuvas; veja mais imagens

RISCO

Reportagem publicada na edição deste sábado da Folha mostra que um estudo encomendado pelo próprio Estado do Rio de Janeiro já alertava, desde novembro de 2008, sobre o risco de uma tragédia na região serrana fluminense.

A situação mais grave, segundo o relatório, era exatamente em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, os municípios mais devastados pelas chuvas e que registram o maior número de mortes. Essas cidades tiveram, historicamente, o maior número de deslizamentos de terra.

O estudo apontou a necessidade do mapeamento de áreas de risco e sugeriu medidas como a recuperação da vegetação, principalmente em Nova Friburgo, que tem maior extensão de florestas. O secretário do Ambiente do Rio, Carlos Minc, disse que o mapeamento de áreas de risco foi feito, faltando "apenas" a retirada dos moradores, e que os parques florestais da região também foram ampliados.

O coordenador de Defesa Civil de Petrópolis afirmou que o aviso passado pelos institutos de meteorologia não foi suficiente para disparar o sistema de alerta da cidade.

Segundo o coronel Carlos Francisco De Paula, a previsão repassada pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), com possibilidade de ocorrência de chuvas moderadas a fortes, não dava a dimensão da chuva que acabou devastando boa parte das cidades serranas.

Mauricio Lima/AFP
Moradores conversam em rua de Nova Friburgo, na região serrana do Rio; veja galeria de imagens
Moradores conversam em rua de Nova Friburgo, na região serrana do Rio; veja galeria de imagens
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página