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17/01/2011 - 19h11

Após chuvas, governador anuncia gabinete de reconstrução da região serrana do RJ

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DO RIO

Atualizado às 19h23.

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), anunciou nesta segunda-feira a criação do Gabinete Executivo de Reconstrução da Região Serrana, que será chefiado pelo prefeito de Bom Jardim, Affonso Monnerat. A região foi devastada pela chuva da semana passada.

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Monnerat, que também é presidente da Associação dos Prefeitos do Estado do Rio, responderá ao vice-governador Luiz Fernando Pezão, que acompanha pessoalmente as operações de resgate e de ajuda aos sobreviventes em Nova Friburgo desde a última quarta-feira (12).

'Isso é muito importante porque temos que ter aqui um foco permanente na região. São sete cidades muito machucadas. Temos um cronograma: primeiro é dar dignidade aos vivos, cuidar das pessoas e resgatar com dignidade os mortos. Depois, recuperar as cidades --disse Cabral.

O governador visitou ontem os municípios de Bom Jardim, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto, três dos atingidos pelas chuvas. Na semana passada, ele já estivera em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, as três cidades mais castigadas.

Em Sumidouro, o governador prometeu o envio de mais máquinas e equipamentos para desobstruir as estradas, facilitando o resgate e a chegada de mantimentos.

Já em Bom Jardim, anunciou que será instalada uma ponte de emergência em um dos acessos da cidade, que foi destruído pelas chuvas. Para São José, Cabral prometeu a construção de 70 imóveis para famílias desabrigadas.

Editoria de Arte/Folhapress

TRAGÉDIA

Na região serrana do Estado, cinco municípios registram mortes em consequência das chuvas: Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto. Equipes e moradores ainda fazem buscas. Nova Friburgo concentra o maior número de vítimas.

Petrópolis tem 2.800 desabrigados (pessoas que perderam suas casas), e outros 3.600 desalojados (pessoas que foram obrigadas a sair de casa). Em Nova Friburgo, são 1.970 desabrigados e 3.220 desalojados. Já em Teresópolis, 1.280 pessoas perderam suas casas, e 960 deixaram suas residências.

Sumidouro tem 15 mil habitantes, e 3.000 ainda estão ilhados, ou seja, não conseguiram ser acessados pelas equipes de resgate. A prefeitura informou que 50 pontes em toda a cidade foram completamente destruídas.

Há ao menos 170 toneladas de doações e milhares de voluntários. Mas a situação caótica na região tem dificultado a entrega de água, comida e roupas aos moradores que mais precisam de ajuda. Também começam a surgir indícios de desvios das doações.

Em regiões isoladas, moradores estão enterrando parentes e amigos no quintal de casa.

PREVENÇÃO

O governo federal anunciou a implantação gradual, pelos próximos quatro anos, de um sistema integrado para prevenção de desastres naturais. A coordenação do sistema ficará a cargo da pasta da Ciência e Tecnologia.

Além de um supercomputador que ampliará a capacidade de monitoramento de áreas de risco e de processamento de informações, o ministério terá novos pluviômetros e radares.

Mercadante disse que a melhora no controle e minimização de tragédias como a do Rio será gradual, com implantação completa prevista para daqui a quatro anos. Segundo o ministro, a estimativa do governo é de que 5 milhões de pessoas vivam em áreas de risco potencial no país.

Roberto Ferreira/EFE
Zona rural de Teresópolis afetada pelas chuvas na região serrana do Rio
Zona rural de Teresópolis afetada pelas chuvas na região serrana do Rio
 

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