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21/01/2011 - 17h52

Após tragédia no RJ, ministro admite que Defesa Civil precisa melhorar

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DA REUTERS
DE BRASÍLIA

O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, reconheceu na sexta-feira deficiências estruturais e financeiras na atuação da Defesa Civil Nacional, depois que mais de 760 pessoas morreram na tragédia provocada pelas fortes chuvas na região serrana do Rio de Janeiro.

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"Queremos uma Defesa Civil em nível nacional que esteja à altura do país que somos, a quinta ou sexta economia do mundo. É evidente que temos que ter um outro poder de resposta", afirmou.

O ministro citou problemas no repasse de recursos para a prevenção de tragédias. "Queremos acabar com a crítica recorrente que a Defesa Civil é lenta, tardia e quando o dinheiro chega, a tragédia já passou. Isso é verdade... e procede", afirmou.

"Outra crítica é que os recursos são mal aplicados. Tomei a decisão de me reunir com o TCU (Tribunal de Contas da União) e solicitei a eles que iniciem já uma ação de monitoramento na liberação e acompanhamento de recursos da Defesa Civil. É evidente que ela precisa ser reestruturada."

Bezerra disse que depois da tragédia no Rio recebeu muitas críticas com relação à atuação da Defesa Civil Nacional e passou a ouvir demandas e sugestões da sociedade civil.

O Conselho Nacional de Defesa Civil vai se reunir na próxima semana ou na outra, afirmou o ministro, para receber contribuições da sociedade e universidades "para termos instrumentos para dar as respostas necessárias em ocorrências como essa no futuro".

Segundo ele, as tragédias naturais mostram a necessidade de ampliar o orçamento da Defesa Civil Nacional. "Acho que houve uma mudança no paradigma do investimento público no Brasil", disse.

Editoria de Arte/Folhapress

MAPEAMENTO DE ÁREAS

Um atlas com o mapeamento das áreas de risco dos municípios brasileiros está sendo elaborado para a Defesa Civil Nacional e deve estar pronto em meados do ano, de acordo com Bezerra.

Um sistema nacional de alerta contra catástrofes também entrou na pauta do governo federal e deve levar até 4 anos para ser concluído.

"Não quer dizer que não possamos estar melhor preparados já para as chuvas do nordeste no meio do ano", disse o ministro.

Segundo ele, as Forças Armadas também vão participar mais efetivamente no monitoramento climático que pode ajudar na prevenção de tragédias.

Bezerra defendeu uma rapidez maior das Força Armadas na resposta às catástrofes naturais.

"Eu entendo que as Forças Armadas podem ter um papel de maior protagonismo na pronta resposta... já está se pensando em 5 centros regionais nas unidades das Forças Armadas que estejam preparadas com pontes móveis, hospitais de campanha e equipamentos que possam ser disponibilizados num menor tempo e mitigar a dor e óbitos", disse o ministro.

NORMAS

O governo federal deve criar um conjunto de normas para garantir assistência prioritária a crianças e adolescentes afetados por situações de catástrofe, como os temporais que deixaram mortos na região serrana do Rio.

Segundo a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos), há quatro crianças, todos irmãos, sem contato com parentes nos municípios afetados pelas chuvas. Nos outros casos, já foram localizados parentes que passarão a ser responsáveis pelas crianças que ficaram órfãs na tragédia.

Pela manhã, Rosário e as ministras Iriny Lopes (Políticas para as Mulheres) e Luiza Bairros (Igualdade Racial) se reuniram com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Ficou definido que começará a funcionar a partir da próxima semana o Fórum de Direitos da Cidadania, um dos quatro grandes grupos temáticos criados por Dilma para agilizar o diálogo entre ministros dentro do governo. O grupo será coordenado por Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência).

 

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