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Ação da PM marca início de "unidade pacificadora" em Salvador
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MATHEUS MAGENTA
DE SALVADOR
O governo baiano iniciou na madrugada desta terça-feira uma operação policial para ocupar o bairro do Calabar, em Salvador, com o objetivo de instalar a versão baiana da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), modelo de policiamento comunitário permanente implementado em favelas do Rio de Janeiro.
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Polícia prende 27 em operação em Salvador
A operação, com quase 300 policiais, tem o objetivo também de cumprir 14 mandados de prisão, além de realizar a apreensão de drogas, armas e objetos roubados ou furtados. A ocupação policial deve durar até o final de abril, quando a base comunitária de segurança será instalada.
Os 150 policiais militares que vão trabalhar na base passaram por um treinamento sobre o sistema koban, modelo japonês de policiamento comunitário no qual o agente policial trabalha com a população para prevenir a ação de criminosos. O curso foi financiado pelo Ministério da Justiça.
"A intenção é que a ocupação ocorra de maneira pacífica, sem confrontos. Além da segurança vai ser garantida a prestação de outros serviços à sociedade", afirmou o secretário da Segurança Pública baiana, Maurício Barbosa. Ele citou como exemplos de melhorias para a comunidade a reforma da quadra de esportes e a ampliação do atendimento do posto de saúde do bairro.
A segunda base comunitária deve ser instalada no bairro do Nordeste de Amaralina, um dos mais violentos de Salvador. A região também foi alvo de uma operação policial na última sexta-feira (25), que ainda estava em estudo mas foi antecipada em razão de um atentado contra um policial militar.
O projeto de implementar as UPPs em Salvador é uma mudança na política de segurança pública do governo do petista Jaques Wagner, que não conseguiu reduzir significativamente o número de homicídios e o avanço do tráfico de drogas na Bahia durante o primeiro mandato.
Em quatro anos de governo, o secretário de segurança pública foi trocado duas vezes. Nesse período, a atuação policial foi marcada por ações isoladas em favelas que derrubaram os principais líderes do tráfico de drogas, mas que não conseguiram evitar a ascensão de outros traficantes nem reduzir significativamente a venda de drogas no Estado.
Entre 2007 e 2010, o número de homicídios em Salvador e na região metropolitana aumentou 32,8%, sendo que a partir de 2009 o índice ficou praticamente estável. Segundo o governo baiano, 80% das mortes registradas estão ligadas ao tráfico de drogas.
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