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Polícia encontra mochila de uma das irmãs mortas em Cunha (SP)
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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A polícia encontrou na manhã desta segunda-feira a mochila de uma das irmãs adolescentes encontradas mortas em Cunha (231 km de São Paulo) no dia 28 de março. A bolsa estava em um rio, próximo ao local onde foram encontrados os corpos de Juliana Vânia de Oliveira, 15, e Josely Laurentina, 16. Dentro havia material escolar e roupas de Josely.
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O material será enviado ao Instituto de Criminalística, mas a polícia ainda não sabe se poderá ajudar nas investigações.
O principal suspeito do crime, Ananias dos Santos, 27, continua foragido. Ele teve a prisão decretada pela Justiça na terça-feira (29), mas já era considerado foragido por roubo. Santos fugiu da penitenciária de Tremembé (147 km de São Paulo) depois de receber o benefício da saída temporária de Páscoa, em 2009. A polícia também aponta seu envolvimento em formação de quadrilha, porte ilegal de armas e constrangimento ilegal.
Divulgação |
Ananias dos Santos, 27, é apontado pela polícia como suspeito de matar duas irmãs adolescentes em Cunha |
Ele entrou na lista dos mais procurados no site da Polícia Civil de São Paulo, ao lado de outros 24 foragidos --em uma relação que inclui o médico Roger Abdelmassih e Mizael Bispo de Souza, acusado pela morte da ex-namorada Mércia Nakashima.
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública, as investigações indicam que o suspeito tinha interesse em Juliana, mas não era correspondido.
A secretaria informou ainda que familiares de Santos contaram à polícia que ele fugiu ao saber da investigação. Ele também contou aos parentes onde estavam os corpos e chegou a ajudar a família das vítimas a procurá-las de moto.
O pai das meninas, José Benedito de Oliveira, 57, afirmou em depoimento à polícia que os parentes do suspeito moravam próximo à casa deles e que, por isso, as famílias eram amigas.
CRIME
Reprodução/TV Globo |
Juliana (à esq.) e Josely Oliveira, que foram encontradas mortas em uma zona rural de Cunha (SP) na segunda-feira |
As jovens Juliana e Josely ficaram cinco dias desaparecidas. Foram vistas pela última vez quando retornavam da escola, no fim da tarde do dia 23. Elas chegaram a deixar a escola e seguir até a zona rural, em um ônibus, mas não foram mais vistas depois disso.
Segundo o TJ, a polícia chegou a pedir a quebra do sigilo telefônico das meninas, com o objetivo de localizá-las por meio do rastreamento de ligações feitas por seus celulares. O pedido foi autorizado, mas não ajudou.
De acordo com exames realizados pelo IML de Guaratinguetá (187 km de SP), o corpo de Josely tinha marcas de dois tiros (na cabeça e no peito) e o de Juliana, de quatro (três na cabeça e um no peito).
Os corpos também tinham sinais de violência, como cortes no pescoço. Amostras colhidas e encaminhadas para um laboratório apontam que não houve violência sexual contra as adolescentes.
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