Polícia recupera relógios roubados em assalto a shopping

A Polícia Civil recuperou nesta terça-feira, na zona leste de São Paulo, nove relógios roubados da marca de luxo Montblanc.

De acordo com o delegado Arthur Moreira, do 53º DP (Parque do Carmo), um perito da empresa compareceu à delegacia e, com base nos números de série das peças, confirmou que elas foram roubadas de diversos estabelecimentos, inclusive de uma loja do shopping Pátio Higienópolis, na região central de São Paulo.

O assalto à Montblanc ocorreu em 12 de janeiro do ano passado, perto do horário de fechamento do shopping, por volta das 22h. Os criminosos entraram pelo piso inferior, renderam uma vendedora da loja e a fizeram refém até a fuga, feita com motocicletas. Ninguém foi preso.

De acordo com o delegado, informações do setor de inteligência da 8ª Delegacia Seccional (São Mateus) davam conta de que um veículo Audi circulava com material roubado. Policiais do 53º DP fizeram uma blitz e interceptaram o veículo na rua Adriano Bertozzi, próxima da avenida Jacu-Pêssego.

No carro foram localizados os nove relógios --três de mesa e seis de pulso--, avaliados entre R$ 10 mil e R$ 50 mil. Os dois ocupantes do veículo, de 35 e 43 anos, foram encaminhados ao DP, onde prestam depoimento. De acordo com o delegado, eles foram presos em flagrante e serão indiciados sob suspeita pelo crime de receptação.

Em agosto, a relojoaria Timeland também foi assaltada no Pátio Higienópolis. Na ocasião, dois homens, um deles armado e com um falso uniforme dos Correios, renderam uma vendedora e uma mulher que havia levado uma pulseira para consertar.

A dupla ordenou que a funcionária colocasse os relógios mais caros numa sacola e fugiu caminhando. "Eles sabiam o que queriam. Chegaram e apontaram dizendo 'Quero esse, esse e esse'", contou à época um funcionário da Timeland, que vende relógios de R$ 300 a R$ 9.000. A Folha apurou que foram levados R$ 65 mil em mercadorias.

HISTÓRICO

No ano passado foram registrados diversos casos de assaltos a shoppings em São Paulo, principalmente joalherias. A onda de assaltos fez com que alguns locais, inclusive, contratassem seguranças armados e instalassem equipamento antiterrorismo.

Foram registrados assaltos, por exemplo, nos shoppings Plaza Sul, Campo Limpo, Santana Parque Shopping, Ibirapuera e Cidade Jardim.

Em meio a onda de roubos, a associação dos shopping centers trouxe dos EUA especialistas em crimes contra o varejo, entre eles um do FBI, a polícia federal americana, para discutir segurança pública com lojistas, donos de shopping e com a cúpula da polícia.

Neste ano, a joalheria Dryzun, do MorumbiShopping, foi assaltada no dia 7 de fevereiro.