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Falta de pistas dificulta investigação de ataques em Santos
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FERNANDO GALLO
DE SANTOS
A falta de pistas dificulta o trabalho da polícia na apuração dos ataques que deixaram um homem morto e seis feridos na madrugada de domingo (10) na Baixada Santista.
Polícia investiga se carro encontrado foi usado em ataques
Ataques deixam ao menos 7 baleados na Baixada Santista
Policiais que investigam o caso disseram à Folha que um vídeo de segurança que mostra o momento de um dos ataques --ocorrido no bairro do Boqueirão, em Santos-- pouco ajuda a esclarecer o caso.
As imagens foram divulgadas ontem pel "Jornal da Globo" e são oriundas das câmeras de segurança de um dos prédios da rua em que ocorreu o homicídio. Elas mostram um carro preto passando e dois homens caminhando pela calçada na direção contrária.
Os homens param para ver alguma coisa no chão. Neste momento, o carro preto volta em marcha à ré pela rua e para ao lado de ambos. Os dois homens olham para o carro e caminham em sua direção. Assim que os homens se aproximam do motorista, são atingidos pelos disparos.
Segundo a polícia, foram quatro tiros em Paulo Roberto Barnabé, que morreu, e outros seis em Arsênio de Oliveira, que continua internado na UTI da Santa Casa de Santos em estado grave.
Dois policiais que investigam o caso descartaram que o carro mostrado nas imagens seja um Citroën C3, modelo encontrado pela Polícia Militar na segunda-feira na favela Dique Sambaiatuba, em São Vicente.
O veículo foi encontrado abandonado e com três estojos de munição de pistola. Dois deles estavam deflagrados. O carro foi roubado em março e tinha placa clonada.
Para os policiais, o carro que aparece nas imagens feitas no Boqueirão parece um Palio ou um Celta.
INVESTIGAÇÃO
A polícia ainda espera que imagens de câmeras de seguranças de prédios ou da prefeitura de Santos possam ajudar a elucidar os ataques. Até agora, no entanto, as duas imagens que chegaram às mãos dos investigadores pouco sanaram as dúvidas existentes.
Uma das imagens é a do prédio no Boqueirão. A outra, ainda menos conclusiva, é de uma câmera da prefeitura que fica na avenida Vicente de Carvalho, a rua da praia. No vídeo, é possível ver um carro preto saindo da rua Pindorama, na qual o crime foi cometido, às 4h04, mas não há como identificar o veículo nem ver a placa do carro.
Pelas circunstâncias --todos os eventos envolvem um carro escuro-- e também pelos horários, os policiais trabalham com a hipótese de que os quatro ataques estejam relacionados, mas até agora não encontraram nenhuma evidência de que foram praticados pela mesma pessoa.
A polícia ainda não sabe dizer qual a motivação dos crimes nem se eles foram praticados por uma ou mais pessoas.
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