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20/05/2011 - 19h46

Advogado quer evitar prisão de vice-prefeito de Campinas

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MARÍLIA ROCHA
DE CAMPINAS

O advogado Pedro Maciel Neto, que defende o vice-prefeito de Campinas, Demétrio Vilagra (PT), disse que deve pedir a suspensão da prisão de seu cliente. "Vimos apenas menções do delator, sem nenhuma prova objetiva que justificasse a prisão preventiva", afirmou.

Vice-prefeito e secretários de Campinas (SP) estão foragidos

Vilagra está entre os suspeitos de participar de um esquema de fraude em licitações na administração de Campinas (93 km de SP) e é considerado foragido da polícia, assim como o secretário de comunicação da cidade, Francisco de Lagos, e o secretário de Cooperação de Assuntos de Segurança Pública, Carlos Henrique Pinto.

Segundo o advogado Neto, o vice-prefeito está de férias, por isso não foi localizado pela polícia. "Mas ele voltará imediatamente."

Onze empresários e funcionários da prefeitura foram presos nesta sexta-feira acusados de envolvimento em um esquema de corrupção.

Das 20 pessoas com mandados de prisão decretada, nove não foram localizadas pela polícia até a publicação deste texto.

A operação teve como base uma investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) que apura fraudes em licitações e contratos públicos realizados pela Sanasa (empresa mista de tratamento de água e esgoto).

A investigação começou em 2009, mas teve um desdobramento em janeiro deste ano, quando um acusado optou pela delação premiada.

Entre os presos estão Ricardo Candia, ex-diretor de Planejamento da Prefeitura de Campinas e Aurélio Cance Jr., atual diretor-técnico da Sanasa.

A operação contou com a participação da Corregedoria da Polícia Civil de SP e corregedorias auxiliares de Campinas, Sorocaba e Piracicaba, em parceria com a Rota.

Foram apreendidos computadores, quatro armas, documentos e mais de R$ 100 mil. O corregedor Roveraldo Battaglini afirmou que a investigação está sob sigilo e que os documentos serão periciados. Segundo ele, a prisão dos suspeitos tem prazo de cinco dias e podem ser prorrogados por mais cinco.

Segundo o juiz da 3ª Vara de Campinas, Nelson Bernardes, as provas apresentadas pelo Ministério Público fundamentavam os pedidos de prisão preventiva. "Essas prisões, no entanto, não significam que as pessoas já são consideradas culpadas, e sim investigados", afirmou.

Entre os presos, os empresários Alfredo Ferreira Antunes e Augusto Ribeiro Antunes foram autuados em flagrante por porte ilegal de arma. Os empresários Emerson Geraldo de Oliveira, José Carlos Cepera e Maurício de Paulo Manduca, foragidos, já tinham sido presos em outubro de 2010, nas primeiras fases da investigação.

Eles foram libertados por uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça a Cepera, com efeitos estendidos aos outros dois. A liminar, porém, foi cassada anteontem pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Ontem, o vereador Artur Orsi (PSDB) protocolou um pedido de impeachment do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT). Orsi integra a Comissão de Representação da Câmara, criada para acompanhar as investigações.

A Prefeitura de Campinas informou que os advogados dos secretários só irão se pronunciar após ler o processo. Ralph Tortima Filho, advogado de Ricardo Candia, e Augusto Botelho, advogado de Aurélio Cance Jr., disseram que tomariam conhecimento do processo antes de se pronunciar.

 

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