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31/05/2011 - 09h47

Controle de poluição de motocicletas nasce fraco no país

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EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO

A resolução aprovada pelo Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente) na semana passada para endurecer o controle da poluição atmosférica das motocicletas que rodam pelo país pode não atenuar o problema.

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Ela nasce branda, dizem especialistas. Alguns, até, afirmaram estar "estarrecidos" com a aprovação.

A partir de 2014, quando a norma entra em vigor, os índices de poluição das motos, homologados ainda na fábrica, vão precisar ser garantidos pelos fabricantes por apenas 18 mil km --limite imposto às motos que atingem até 130 km/h de velocidade.

Nos carros, a garantia tem que existir até os 80 mil km.

A resolução "dá uma licença" para as motos poluírem, diz Carlos Bocuhy, conselheiro do Conama.

Para especialistas, o limite deveria ser maior para forçar a produção de motos com catalisadores (que "filtram" poluentes) mais eficientes.

Eduardo Knapp-27.mai.11/Folhapress
Motos circulam na rua da Consolação; na Grande SP, elas poluem, no conjunto, dez vez mais do que carros
Motos circulam na rua da Consolação; na Grande SP, elas poluem, no conjunto, dez vez mais do que carros

No caso da capital paulista, onde é feita inspeção veicular anual, essa medida poderia funcionar para coibir a poluição das motos. Porém, mais da metade desses veículos não comparece à vistoria. Entre os que fazem, a reprovação é de quase 30%.

Na Grande SP, as motos, que rodam em média 150 km por dia (no caso dos motoboys), poluem, no conjunto, dez vezes mais que os carros.

Com o controle brando sobre as motos será difícil o Estado atingir padrões mais rígidos de qualidade do ar.

O Ministério do Meio Ambiente afirma que a medida vai ajudar a controlar a poluição das motos. A pasta não informou como chegou, tecnicamente, à marca de 18 mil km. O número é padrão na Europa e nos EUA, onde as motos rodam muito menos que no Brasil.

 

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