Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
10/06/2011 - 08h49

Alckmin diz que Eletropaulo falha quando há emergência

Publicidade

EDUARDO GERAQUE
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou ontem que a Eletropaulo, concessionária que fornece energia a 6,1 milhões de clientes em 24 cidades de SP, não tem "condições mínimas" de atendimento em situações climáticas adversas.

Eletropaulo diz que restabeleceu 100% da falta de energia em SP
Ruas ficam mais de 25 horas sem energia; leia relatos
Leitores relatam prejuízos após falta de energia
Moradores da Granja Viana relatam que estão sem luz há 48 horas
Alckmin diz que, com chuva, Eletropaulo não opera com segurança
Procon notifica Eletropaulo após falta de energia em SP

"O que está claro é que ela não tem as condições de operar com segurança quando tem chuva, tempestade", disse o governador.

A distribuidora, que já pertenceu ao governo paulista, foi privatizada entre 1998 e 1999, durante o governo Mario Covas, também do PSDB.

Dois dias após um vendaval atingir boa parte do Estado, milhares de consumidores ainda enfrentavam ontem falta de energia e água.

Às escuras, Rosimaire de Oliveira, 45, estava apreensiva. "Espero que meu neto não fique doente com este frio todo", disse. Ela mora com o neto de cinco meses em Cotia, na Grande SP. A casa estava sem luz desde as 13h de terça.

Sem luz em suas estações de bombeamento, a Sabesp deixou 570 mil pessoas sem água até ontem pela manhã.

Moradores de bairros na capital ou de cidades como Osasco, Vargem Grande, Cotia, Barueri, Itapevi, Mauá, Ribeirão Pires e Itapecerica da Serra passaram praticamente dois dias sem luz.

"É óbvio que ela [a Eletropaulo] não tem as condições mínimas de atendimento rápido ao usuário. E, ao mesmo tempo, de se prevenir de problemas como tempestade e vento, que todo mundo sabe que ocorre", disse Alckmin.

Procurada, a AES Eletropaulo não quis comentar.

FISCALIZAÇÃO

As críticas à Eletropaulo não são novidade. Em fevereiro de 2010, o Estado considerou "inaceitável" a demora em restabelecer a energia após um apagão.

Na época, o Procon multou a empresa em R$ 3 milhões. No total, o órgão já aplicou R$ 18 milhões em multas, mas apenas R$ 3,5 milhões foram pagos.

Além do Procon, a Arsesp, Agência Reguladora de Saneamento e Energia, da Secretaria de Saneamento e Energia do Estado, fiscaliza a empresa --tarefa delegada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

A agência estadual não soube informar, até a conclusão desta edição, o número de fiscais nem as punições que já aplicou à Eletropaulo.

Alckmin disse que pediu à Aneel o aumento do número de fiscais para a Arsesp. "A concessionária vai ter que indenizar pessoas pelo prejuízo", disse. O último reajuste da tarifa da Eletropaulo, de 1,03%, foi feito em 2010 e vigora até o dia 3 de julho.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página