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16/06/2011 - 09h49

Pressa é o que faz atravessar fora da faixa, diz pedestre

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REYNALDO TUROLLO JR.
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Pressa, preguiça de andar, certeza da impunidade. Independentemente do motivo, muitos pedestres paulistanos resistem a respeitar as regras de travessia segura.

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"Minha chefe não vai entender se eu chegar dez minutos atrasada", alega a educadora Fabiana Souza, 23, ao explicar por que não atravessa na faixa. "Se estiver com pressa, vou procurar o caminho mais curto", diz o comerciante Juvenal Carvalho, 64.

As frases podem parecer apenas desculpas, mas, cinco semanas após o início do programa de proteção aos pedestres da CET, revelam o quanto os próprios interessados ainda não se conscientizaram sobre o assunto.

A impressão é confirmada por enquete feita pela Folha anteontem com 110 pedestres. Dos entrevistados --60 na praça da Sé e 50 na av. Paulista--, 79 (72%) afirmaram descumprir ao menos uma das regras da travessia.

Dos 67 (61%) que disseram saber da campanha da CET, 51 admitiram que nem sempre seguem as orientações.

Rodrigo Capote - 10.mai.2011/Folhapress
Pedestres entre carros na faixa de pedestre do cruzamento da rua Riachuelo com rua Quintinho Bocaiuva, em SP
Pedestres entre carros na faixa de pedestre do cruzamento da rua Riachuelo com rua Quintinho Bocaiuva, em SP

Indagados se sempre atravessam na faixa, nas esquinas onde existe, 41 (37%) disseram que não. Metade usou a pressa como justificativa.

A reportagem perguntou ainda se, nos locais onde há semáforo, os entrevistados esperam o sinal fechar para os veículos. Nesse caso, 31 (28%) admitiram que não.

O semáforo do cruzamento da Sé com a rua Direita é um exemplo dessa situação. Instalado há três semanas, fica 45 segundos aberto para os veículos e 25 segundos para os pedestres --e grande parte destes não espera sua vez.

Na opinião de um agente da CET que atua na Sé e não quis se identificar, os motoristas só estão parando nesse sinal por medo de multa. "O pedestre não tem esse medo, então não respeita mesmo."

Para a CET, a campanha só vai "pegar" se os dois lados mudarem de comportamento. Seu foco, porém, é mudar os hábitos dos motoristas.

Editoria de Arte/Folhapress
 

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