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26/06/2011 - 11h22

Cidade de São Paulo terá 150 mil novas lixeiras em 2012

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EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO

O paulistano vai tropeçar em lixeiras. É a promessa da prefeitura, que pretende instalar 150 mil novas lixeiras na cidade no ano que vem.

Hoje, São Paulo tem cerca de 35 mil lixeiras nas ruas. Todos os dias, 20 delas são substituídas, por furto ou depredação, um prejuízo anual de R$ 340 mil. A partir de 2012, a empresa que varre a rua também terá de instalar, limpar e trocar as lixeiras quebradas ou roubadas.

A exigência fará parte de um contrato maior, que incluirá ainda a operação dos ecopontos (locais para descarte de entulho), lavagem de ruas após feiras, operação cata-bagulho e limpeza de "pontos viciados" de lixo, de bocas de lobo e galerias de águas pluviais.

É uma operação bilionária. Com todos esses serviços, a previsão é que o governo gaste cerca de R$ 58 milhões por mês, ou aproximadamente R$ 2,1 bilhões para três anos de contrato.

Entre as obrigações das empresas estará que 25% dos garis (40% na Subprefeitura da Sé) trabalhem aos domingos para fazer a varrição de grandes vias e entornos de locais de grande concentração de pessoas, como parques e estações de metrô.

Hoje, isso é feito apenas de segunda a sábado.

A programação de limpeza de todas as ruas da cidade, incluindo nome e foto do gari responsável, precisará ser colocada na internet.

Outra inovação é o uso de máquinas de varrição de ruas para serem usadas nas grandes vias, como as marginais e a avenida 23 de Maio.

Danilo Verpa/Folhapress
Lixeira quebrada no largo do Arouche, no centro de São Paulo; pelo menos 20 são danificadas diariamente
Lixeira quebrada no largo do Arouche, no centro de São Paulo; pelo menos 20 são danificadas diariamente

CHIPS

A cidade sofre com a falta de lixeiras. Em 2002, a prefeitura chegou a fazer um contrato para a instalação de 140 mil equipamentos, mas a empresa que venceu a licitação abandonou o serviço.

Em 2005, diz a prefeitura, eram 8.000 lixeiras na cidade. Porém, mesmo com o aumento para 35 mil, o número ainda é insuficiente.

Na av. Paes de Barros, na Mooca (zona leste), por exemplo, são 14 lixeiras nas calçadas dos primeiros 26 quarteirões da via. A Folha identificou pelo menos quatro locais onde há suporte, mas o equipamento foi arrancado ou depredado.

Vanessa Ayako colocou, por conta própria, uma lixeira na frente de sua banca de jornais, recolhida todos os dias quando ela fecha o estabelecimento. É para ajudar manter a região limpa, diz.

"É muito vandalismo. O pessoal estraga tudo. A prefeitura sempre colocava lixeira no poste, mas acho que eles cansaram de colocar porque tinha o vandalismo", afirmou a comerciante.

No dia da visita da Folha, o cesto de lixo que ela colocou em frente à banca estava lotado. "É lixo de uns três dias. Mas quando tem aula na faculdade [há uma unidade da UniCapital em frente] eu troco todos os dias", disse.

O secretário de Serviços, Dráusio Lúcio Barreto, diz que hoje a cidade já melhorou muito nessa área, mas a proposta é que a pessoa "tropece" nas lixeiras.

De acordo com ele, todas as 150 mil lixeiras --equipadas com chips para provar que serão higienizadas a cada 15 dias-- terão de ser instaladas até 60 dias após a assinatura dos contratos.

 

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