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Professora da PUC morre atropelada em Higienópolis, em SP
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EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO
Uma professora aposentada da PUC-SP morreu atropelada na noite de sábado (13) na esquina de sua casa, em Higienópolis, bairro nobre do centro de São Paulo.
Maria Angelica Victoria Miguela Careaga Soler, 74, estava atravessando a alameda Barros, próximo à esquina da rua São Vicente de Paula, quando foi atingida por um carro Renault.
O motorista disse à polícia que a professora estava fora da faixa de pedestres e que ele não conseguiu parar.
Testemunhas afirmaram à Folha que o motorista estava em alta velocidade e parecia estar bêbado. No boletim de ocorrência não consta informação sobre exame de bafômetro ou de dosagem alcoólica.
Alessandro Shinoda/Folhapress | ||
Coroa de flores é colocada em frente a casa da professora da PUC-SP que morreu atropelada em Higienópolis |
A polícia não divulgou o nome do atropelador. Informou apenas que se trata de um empresário. Vizinhos disseram que ele tem uma empresa de gesso no mesmo bairro. A Folha não conseguiu localizá-lo ontem.
A vítima foi levada com vida para o pronto-socorro da Santa Casa, mas morreu horas depois. Seu único filho estava em viagem à Europa e só deve chegar a São Paulo na manhã desta segunda para providenciar velório e enterro.
Marcelo Barbosa, síndico do prédio onde a professora morava, disse que são comuns acidentes nessa esquina. Por isso, afirma, já foram feitos vários pedidos à prefeitura para a instalação de um semáforo. Há, no local, apenas um sinal de atenção.
HISTORIADORA
Paraguaia de nascimento, Maria Angelica migrou para o Brasil ainda criança.
De acordo com a jornalista Nancy Areco, o pai da professora era militante do Partido Revolucionário Febrerista e teve de se exilar em meados do século passado.
Em São Paulo, Maria Angelica especializou-se em história da América Latina. Professora da PUC desde a década de 1960, chegou a chefe do departamento de história da universidade.
Em 1982, obteve seu doutorado em história social pela USP com uma tese sobre a revolução comunera e a colonização jesuítica do Paraguai.
"Ela era uma pessoa muito nobre. É uma perda enorme para nós", disse Nancy, que militava com a professora no Núcleo Cultural Guarany "Paraguay Teete".
Mesmo aposentada, continuou a dar aulas aos sábados e a orientar alunos de pós-graduação. Fazia parte do Centro de Estudos de História da América Latina e era conselheira editorial do "Projeto História", revista do programa de pós-graduação em história, ambos da PUC-SP.
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