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14/10/2011 - 17h45

Polícia já ouviu 14 pessoas sobre explosão no Rio; 3 morreram

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DA AGÊNCIA BRASIL
DE SÃO PAULO
DO RIO

Ao menos 14 pessoas já foram ouvidas pela Polícia Civil sobre a explosão do restaurante Filé Carioca, ocorrida ontem no centro do Rio. O acidente causou três mortes e deixou 17 pessoas feridas --três estão em estado grave.

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Entre as pessoas que já prestaram depoimento estão duas vítimas. Uma delas é o aposentado Márcio Antonio de Souza, 42, que chegou à delegacia com os braços enfaixados, na manhã desta sexta. Ele foi atingido pela explosão no momento em que passava na calçada.

A polícia espera para este sábado (15) os depoimentos de Jorge Amaral, gerente do restaurante, e de seu irmão, Carlos Rogério Amaral, dono do estabelecimento.

Segundo a polícia, um vazamento de gás --que teria ocorrido durante toda a quarta-feira, feriado-- foi a causa do acidente.

O delegado Antônio Bonfim, responsável pelas investigações, quer ouvir Jorge Amaral para investigar a possibilidade de a explosão ter sido provocada por um cigarro aceso pelo chefe de cozinha do estabelecimento, Severino Antonio Tavares, um dos três mortos no acidente.

Segundo o depoimento do jornaleiro Jorge Luiz Rosa, outra pessoa pode ter acendido um cigarro. O jornaleiro informou à polícia que momentos antes da explosão um funcionário chamado Roberto comprou cigarro na sua banca.

A polícia também quer saber quem foi o funcionário que abriu o restaurante na manhã de ontem.

Editoria de Arte/Folhapress

VÍTIMAS

Na manhã de quinta, funcionários teriam sentido forte cheiro de gás. Um deles saiu da loja e, depois, disse para dois colegas que chegaram se afastarem.

A força da explosão arremessou corpos a até 50 metros de distância e provocou danos em dois prédios vizinhos. Destroços feriram pessoas a cem metros do local.

Os corpos das vítimas foram enterrados nesta sexta. Morreram na explosão Antônio Severino Tavares, chefe de cozinha; Josimar dos Santos Barros, que trabalhava como sushiman; e o bancário Mateus Maia Macedo, 19, que passava pelo local no momento do acidente.

ACESSO

A Defesa Civil Municipal liberou hoje a entrada de donos e funcionários de estabelecimentos do edifício Riqueza, interditado após a explosão.

Eles foram autorizados a entrar no edifício, que é exclusivamente comercial, apenas para a retirada de documentos e pertences.

O laudo do IC (Instituto de Criminalística) sobre as causas do acidente deve sair em 15 dias, segundo o subsecretário da Defesa Civil Municipal, Márcio Motta. Ele explicou que a rua do restaurante, entre a rua da Carioca e a avenida Visconde do Rio Branco, ficará interditada por tempo indeterminado até que seja finalizado o trabalho da perícia e a limpeza do local destruído.

Rafael Andrade/Folhapress
Equipes trabalham após explosão no Rio; veja outras imagens
Equipes trabalham após explosão no Rio; veja outras imagens

FISCALIZAÇÃO

O prédio onde funcionava o restaurante foi proibido em 2010 de ter gás canalizado ou engarrafado por falta de condições de segurança. Mesmo assim, o local não passou por nenhuma fiscalização recente que permitisse constatar o uso irregular do combustível.

Laudo do Corpo de Bombeiros, feito a pedido do condomínio, diz: "A edificação não foi aprovada para utilização de gás combustível, seja sobre a forma de cilindro GLP ou canalizado, não sendo admitido e não sendo permitido o abastecimento de qualquer tipo de gás combustível sem prévia autorização".

 

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