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Ribeirão Preto
Ato contra alta salarial de vereadores de Araraquara (SP) gera 'repúdio'
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ELIDA OLIVEIRA
DE RIBEIRÃO PRETO
As mais de dez mil assinaturas coletadas em 18 dias contra o aumento salarial de 60% dos vereadores de Araraquara (273 km de São Paulo) provocaram uma reação de "repúdio" da Câmara.
Incomodado com as manifestações do grupo Reage Araraquara --que se intensificaram na sessão da última terça (8)--, o presidente da Casa, Aluisio Braz (PMDB), o Boi, publicou comunicado nesta sexta na imprensa local.
- Sem consenso, vereadores mantêm aumento de 60% em Araraquara (SP)
- Manifestantes lavam escadarias da Câmara de Araraquara (SP)
- Grupo protesta contra aumento salarial de vereadores em Araraquara (SP)
Ele escreveu que a Câmara "repudia a ação de baderna" ocorrida na última sessão. Na ocasião, o grupo entrou no plenário onde acontecia e sessão e foi aplaudido. O presidente da Casa interrompeu a sessão por alguns minutos.
Do lado de fora, manifestantes soltaram rojões e lavaram as calçadas em frente à Câmara.
Em um trecho da publicação, Braz escreve que "soltando rojões na calçada e jogando água nas escadarias, irresponsavelmente o grupo colocou em perigo centenas de cidadãos, muitos deles idosos, que circulam pela região central."
"Agora lavam escadas e soltam rojões. Depois vão fechar os gabinetes, a Câmara, queimar as bandeiras", falou em entrevista à Folha. "Só porque têm dez mil assinaturas [no abaixo-assinado] acham que podem fazer e acontecer?", questionou.
Para Braz, o principal problema foi o desrespeito das atitudes dos manifestantes frente à instituição.
A nota não foi submetida à análise dos pares antes da publicação, disse Boi, e representa o pensamento dele, como representante da instituição.
Mas há quem o apoie. O primeiro secretário da Câmara, Édio Lopes (PT), disse que houve "exagero" quando soltaram rojões em frente à Câmara. Já o vereador Ronaldo Napeloso (DEM) disse que "quando se solta rojão em frente à casa do povo, é baderna."
O vereador Carlos Nascimento (PT) discordou e disse que não houve motivo para nota de repúdio. "Eu estava na tribuna falando quando eles [manifestantes] entraram na plenária, e não me senti ofendido", disse. Para ele, a sessão não precisava ser encerrada.
OUTRO LADO
O técnico em informática Marcelo Lopes, 36, um dos integrantes do Reage Araraquara, disse que todo o movimento é feito da maneira "mais pacífica possível".
"Entramos na sessão em silêncio, com mordaças na boca, para mostrar as assinaturas coletadas no dia. Quem estava lá aplaudiu. Não fizemos baderna", disse.
Sobre as escadas, ele afirmou que a lavagem não prejudicou ninguém. "O piso é poroso e absorve a água, não poderia levar ninguém a escorregar", disse.
Jane Andrade, 48, estudante de direito e sindicalista do Sismar (Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara) disse que foi ela quem soltou rojões.
"Foram quatro. Dois seguidos, um após 10 minutos e outro após 15 minutos. Fiz para incomodar, mas não é baderna."
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