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Ribeirão Preto
Promotoria quer que Instituto Pasteur fiscalize CCZ de Araraquara (SP)
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DE RIBEIRÃO PRETO
A Promotoria do Meio Ambiente de Araraquara (a 273 km de São Paulo) deve oficiar o Instituto Pasteur, de São Paulo, para que envie técnicos para fiscalizar pessoalmente as condições sanitárias do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) do município.
A informação é do secretário do Meio Ambiente de Araraquara, José dos Reis Santos Filho. Ele participou de audiência nesta quarta-feira (27) na Promotoria com representantes da prefeitura e das ONGs de proteção animal Aapa, SOS Melhor Amigo e Proamma e o vereador Carlos Nascimento (PT).
A reunião ocorre em meio a críticas das entidades das condições de instalação, higiene e alimentação dos cães abrigados no CCZ, cuja responsabilidade é do município.
As entidades afirmam que sete cães morreram de frio no CCZ e, por isso, organizaram uma petição on-line pela troca da gestão do órgão.
As reclamações sobre o funcionamento do CCZ começaram em março, depois que um cão beagle foi morto por eutanásia porque tinha sarna.
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A reportagem procurou nesta quarta-feira o promotor José Carlos Monteiro, mas sua assessoria informou que ele não iria se manifestar na data.
No termo de audiência assinado, o promotor informou que foi requisitada a instauração de inquérito para apurar a suposta existência de maus-tratos aos animais. No documento, ele cita fotografias tiradas por membros das ONGs em visita ao CCZ na semana passada.
O promotor estabeleceu um prazo de 60 dias para que se encerrem os trâmites para aprovar um projeto de lei complementar que visa aprimorar a política pública de controle, castração e doação de animais.
Monteiro ainda questionou, segundo o secretário Santos Filho e o vereador Nascimento, se é compatível que o CCZ funcione em um local onde hoje também há promoção de shows --representantes de ONGs afirmam que o barulho do evento perturba os animais.
O secretário disse que o assunto será levado ao prefeito Marcelo Barbieri (PMDB), para definir se a promoção de shows continuará no espaço.
O termo de audiência cobrou ainda que situações de atendimento emergencial de cães e gatos sejam levados diretamente pela prefeitura a clínicas particulares --atualmente, os animais são levados antes ao CCZ.
O vereador Nascimento, que fez uma representação à Promotoria após a morte do beagle, reclamou da falta de uma política mais efetiva de controle dos bichos domésticos e de rua. Entre elas, a falta da realização de um censo animal. "É impossível uma boa gestão pública sem se ter um diagnóstico".
O secretário Santos Filho disse que um censo ainda não é considerado no momento, por custar caro sua execução.
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