Publicidade
Publicidade
Ribeirão Preto
Com crise, país perde 30 usinas de cana-de-açúcar desde o ano passado
Publicidade
ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO
Desde 2008, quando começou a crise financeira mundial, 41 usinas de açúcar e álcool já deixaram de moer cana no Brasil. Somente em 2011 e 2012 foram 30 unidades paralisadas --16 no ano passado e mais 14 até junho.
Segundo a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), que apresentou os números em evento nesta sexta-feira (20), em Sertãozinho (333 km de São Paulo), há ainda um grupo de 37 usinas que estão com pedido de recuperação judicial devido a dificuldades financeiras. Nove já faliram.
As usinas desativadas, diz a Unica, têm uma capacidade de moagem de cerca de 32 milhões de toneladas, ou 5% do potencial brasileiro.
Essa queda no poder de moagem não representa impacto para o setor porque a cana é processada por outras empresas, diz o representante da Unica Sérgio Prado.
Apesar disso, a produção de etanol não tem sido suficiente para o mercado --o que tem tornado o produto desinteressante para o consumidor.
Com previsão de 550 milhões toneladas de cana para a safra atual, o país tem capacidade para moer 640 milhões.
Silva Junior-29.mai.2012/Folhapress | ||
Usina Galo bravo, de Ribeirão Preto, que deixou de processar cana no ano passado |
De acordo com Prado, a crise econômica é diretamente responsável pelas paralisações. Houve problemas financeiros nas empresas, mas a queda na produção de cana é o principal entrave, disse Prado. "Não tem produto para moer, a usina para."
A falta de cana no mercado também tem suas raízes na crise de 2008, na avaliação do presidente interino da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, já que, sem dinheiro, os produtores deixaram de investir nos canaviais.
13 MIL VAGAS A MENOS
O setor estima que as 41 unidades paradas ao longo dos últimos anos representam a extinção de 13 mil empregos diretos e outros 32 mil indiretos na área industrial.
Essa queda nos empregos e seus impactos na atividade econômica das cidades onde as usinas estão instaladas levaram o prefeito de Sertãozinho, Nério Costa (PPS), a organizar o encontro entre prefeitos e lideranças do setor, ocorrido nesta sexta.
Do evento, propostas para retomar os investimentos serão levadas ao governo federal.
Marcos Fava Neves, professor de planejamento e estratégia da USP, defende que, para incentivar o setor, será preciso reduzir impostos, elevar a 25% o etanol na gasolina e criar leilões públicos para energia gerada da cana.
O setor admite, porém, que não haveria já neste ano etanol suficiente no país para atender à demanda dos 25% na gasolina. Teria de importar, o que não agrada o governo federal.
+ Notícias em Cotidiano
- Sem onde morar, pedreiro de Ribeirão Preto (SP) constrói casa em árvore
- Metade dos professores da UFSCar entram em greve em São Carlos
- Bebedouro lidera violência infantil na região de Ribeirão Preto (SP)
- Queima de cana rende multa de R$ 1 mi a usina do grupo Louis Dreyfus
Livraria
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice