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Ribeirão Preto
Casas populares não entregues são alvo de ladrões em Ribeirão Preto
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RAFAEL CONTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO
Dois adolescentes foram perseguidos por vigias do conjunto habitacional Paulo Gomes Romeo depois de eles terem tentado retirar fios de cobre de uma das casas do condomínio popular, na zona leste de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).
A cena, que aconteceu na manhã desta sexta-feira (24), se tornou rotina no local desde o primeiro furto, registrado há três meses.
Trinta e dois vigilantes trabalham espalhados pelo bairro desde a conclusão das obras. Sem equipamento de comunicação por rádio, eles ficam em constante estado de alerta para evitar novos danos às casas.
Segundo um dos vigilantes, que pediu para não ser identificado, é difícil detectar se quem está no conjunto é morador ou se entrou para praticar furtos.
Um aquecedor solar, fios, louças de banheiro e pequenos objetos recuperados estão armazenados em um dos imóveis, usado como depósito.
Márcia Ribeiro/Folhapress | ||
Janela com vidros quebrados em casa popular ainda não entregue no conjunto Paulo Gomes Romeo, em Ribeirão |
O vigilante José Roberto dos Santos, 46, diz que os aquecedores solares são mais visados pelo valor comercial, embora todo tipo de material seja alvo de furtos.
"Se não conseguem pegar fios de cobre, qualquer coisa é levada, desde portas de sótão até maçanetas e interruptores", afirma.
O alvo dos bandidos são as 106 casas desocupadas --com sala, cozinha, banheiro e dois ou três quartos-- que serão destinadas aos moradores da favela da região do aeroporto Leite Lopes.
OUTRO LADO
A CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) informou que as obras das últimas 106 casas foram concluídas no final de junho, mas que a prefeitura só divulgou a lista de famílias que serão beneficiadas no "Diário Oficial" de 10 de agosto.
Já a Prefeitura de Ribeirão informou, por meio da assessoria, que, até hoje, não recebeu as casas oficialmente da CDHU. Disse ainda que a triagem das famílias foi concluída e, por isso, publicada no "Diário Oficial".
A CDHU divulgou também que a reforma das unidades danificadas deve começar na próxima segunda-feira e que as pessoas podem receber as casas até o final de outubro.
Não há impedimento para a entrega dos imóveis no período de eleições, segundo a CDHU, porque se trata de um projeto que já estava em andamento.
Ao todo, o empreendimento tem 692 casas, das quais 586 já foram entregues.
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