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Ribeirão Preto

13/02/2013 - 05h20

Só duas das 12 clínicas privadas para viciados têm licença em Ribeirão

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JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

Apenas duas clínicas terapêuticas particulares para tratar dependentes químicos em Ribeirão Preto (313 km de SP) têm licença de funcionamento, de acordo com a Vigilância Sanitária do município.

O órgão sabe da existência de 12 casas, mas só as comunidades Rarev e Amostra estão regularizadas. A própria chefe do serviço, Vânia Cantarella, admite, porém, que o número pode ser maior.

Segundo ela, as irregularidades ocorrem por pendências burocráticas e nenhuma das dez casas sem licença tem situação crítica -- como má higiene, prédio precário e excesso de pacientes -- que possa resultar em fechamento.

Edson Silva/Folhapress
Reunião de dependentes químicos na clínica particular Amostra, uma das duas regulares de Ribeirão Preto
Reunião de dependentes químicos na clínica particular Amostra, uma das duas regulares de Ribeirão Preto

Das 12 clínicas, "três ou quatro" comunidades estão em processo de obter a licença -- Cantarella não soube dizer seus nomes.

Em 2010, uma comunidade em Brodowski (338 km de SP) chegou a ser lacrada, depois de uma blitz. Em Ribeirão, há quatro anos, duas clínicas foram fechadas por más condições.

Para o coordenador de saúde mental do município Alexandre Firmo de Souza Cruz, fechar completamente uma clínica cria um problema mais complexo. "A dificuldade é o que fazer com os pacientes. É um risco interromper o tratamento."

Nas casas fechadas em Ribeirão, por exemplo, após ação do Ministério Público Estadual, todos os internos tiveram de ser transportados para as cidades de origem.

As clínicas cobram não menos que R$ 1.000 por mês, para um tratamento de seis meses em média, segundo Márcia Marisa Macei, da associação de familiares do dependente químico de Ribeirão.

Criada em 2009, a Amostra, que funciona no distrito de Bonfim Paulista, obteve no final do ano passado licença para funcionar. A casa atende atualmente 15 homens.

Segundo o psicólogo Fabiano Duarte de Souza, foi preciso até mesmo mudar de endereço para se adequar às exigências legais.

REGIÃO

A Secretaria de Estado da Saúde estima haver 36 comunidades terapêuticas na região. Dessas, 13 estão irregulares. Duas de Cravinhos foram interditadas parcialmente pela vigilância local.

O Estado informou que dá 60 dias para as 13 clínicas se regularizarem.

 

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