Prefeita Dárcy Vera deverá ser investigada também por improbidade

Além de ter sido cassada por abuso de poder político, a prefeita de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), Dárcy Vera (PSD), deve ser investigada também pelo Ministério Público Estadual por atos de improbidade administrativa.

A determinação, do juiz Héber Mendes Batista, da 108ª Zona Eleitoral, é que ela e o vice Marinho Sampaio sejam investigados em outra esfera pelo mesmo motivo: o uso de funcionários comissionados da máquina administrativa em campanha eleitoral realizada no ano passado, que terminou com a eleição da prefeita.

O promotor da Cidadania, Sebastião Sérgio da Silveira, disse, por meio de sua assessoria, que ainda não recebeu a sentença que cassou os mandatos de Dárcy e Marinho. Por isso, ele informou que nenhuma providência foi tomada até o momento.

O promotor que pediu a cassação da prefeita e de Marinho, Eliseu José Berardo Gonçalves, diz que cabe à Promotoria da Cidadania investigar se houve atos de improbidade administrativa.

Ele informou que, em decorrência dessa apuração, tanto a prefeita, quanto o vice e os servidores públicos podem ser punidos e sofrer outras sanções.

A decisão da Justiça Eleitoral diz que Dárcy Vera e Marinho Sampaio, além de terem os mandatos cassados, também deverão pagar multa de R$ 50 mil cada.

O juiz determinou ainda que ambos fiquem inelegíveis por oito anos (até 2020).

Nesta quarta-feira (14), a Justiça concedeu o direito de a prefeita e o vice continuarem no cargo até o julgamento do caso por órgão colegiado. O recurso apresentado pela defesa de ambos deverá ser apreciado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

Caso o órgão confirme a decisão da Justiça Eleitoral de Ribeirão Preto, Dárcy e Marinho podem ainda tentar reverter a situação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).