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Ribeirão Preto
Vagas de estacionamento no centro de Franca geram novas críticas à prefeitura
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DE RIBEIRÃO PRETO
Apesar de terem aceitado a proposta do prefeito de Franca (400 km de São Paulo), Alexandre Ferreira (PSDB), que vai permitir o estacionamento de veículos no centro diariamente a partir das 16h, os comerciantes do município ainda se dizem insatisfeitos com a medida.
A principal alegação da categoria é que as vendas de final de ano serão prejudicadas, já que motoristas não terão onde deixar seus carros.
Por isso, querem que as vagas livres em período integral sejam mantidas pelo menos até o Natal.
"Era pegar ou largar. O prefeito foi irredutível e disse que não voltaria atrás na decisão", disse José Alexandre Carmo Jorge, presidente da Acif (Associação do Comércio e Indústria de Franca).
Depois de extinguir 329 vagas em 11 ruas do centro, o prefeito anunciou o recuo parcial da decisão e informou que vai permitir o estacionamento na região a partir das 16h, até as 9h do dia seguinte. O estacionamento aos sábados, domingos e feriados será livre o dia todo.
O remanejamento das vagas da Área Azul para quadras mais afastadas do centro foi adotado em agosto para melhorar a fluidez do trânsito.
Durante reunião na manhã de ontem, alguns comerciantes colocaram narizes de palhaço como forma de protesto à medida de Ferreira.
QUEDA NAS VENDAS
Uma pesquisa da entidade divulgada neste mês apontou que 70% dos comerciantes da região afetada pela proibição de estacionamento afirmaram terem sofrido redução em suas vendas.
"Essa medida não ajudou ninguém. As ruas são pequenas demais e, mesmo assim, os carros continuam utilizando apenas uma pista", afirmou Mário Junqueira, gestor de uma rede de lojas de calçado em Franca.
A Prefeitura de Franca não comentou as críticas feitas pelos comerciantes.
A cidade é a primeira entre as mais populosas da região a tomar uma medida restritiva no trânsito neste ano e, depois, recuar.
Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), São Carlos (232 km) e Araraquara (273 km) também implantaram medidas semelhantes, com o objetivo de dar fluidez ao tráfego de veículos.
Em Ribeirão Preto, a última via a sofrer intervenção foi a avenida Meira Júnior, que perdeu 35 vagas de estacionamento em setembro.
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