Prefeito de Franca (SP) recua e libera parcialmente vagas no centro

O prefeito de Franca (400 km de São Paulo), Alexandre Ferreira (PSDB), recuou da decisão de extinguir vagas de Área Azul em 11 ruas do centro e vai permitir o estacionamento na região a partir das 16h e também aos finais de semana e feriados.

A informação é do presidente da Acif (Associação do Comércio e Indústria de Franca), José Alexandre Carmo Jorge, que se reuniu com Ferreira na noite desta quarta-feira (13), na sede da prefeitura.

Desde agosto, 329 vagas tinham sido remanejadas para quadras mais afastadas do centro, com o objetivo de melhorar a fluidez do trânsito.

Os comerciantes fizeram uma manifestação na Câmara na semana passada, quando conseguiram o apoio da maioria dos vereadores.

Uma comissão de parlamentares, formada inclusive por governistas, conseguiu agendar uma reunião entre Ferreira e os comerciantes na sexta-feira (15). A decisão desta quarta é resultado de toda essa negociação.

	Edson Silva - 5.nov.13/Folhapress
	Rua Voluntários da Franca, no centro de Franca, uma das que foram afetadas pelo veto

'*PARCERIA'*

"O poder Executivo percebeu a necessidade de uma parceria efetiva com as ações empresarias em Franca", afirmou Jorge. A reportagem não conseguiu falar com o prefeito na noite desta quarta.

Segundo Jorge, ficou acertado que no dia 10 de janeiro a medida de facilitar o estacionamento nas 11 ruas será reavaliada em conjunto pela prefeitura e os comerciantes. O presidente da Acif diz que o prefeito se comprometeu a manter as vagas.

Uma pesquisa da entidade divulgada neste mês apontou que 70% dos comerciantes na região afetada pela proibição de estacionamento afirmaram ter sofrido redução em suas vendas.

OUTROS MUNICÍPIOS

Outras cidades da região, como Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), Araraquara (273 km) e São Carlos (232 km), também adotaram a restrição ao estacionamento em ruas movimentadas como forma de melhorar o trânsito.

A maior rapidez no tráfego beneficia também os usuários de transporte público e pode ter também impacto no valor da tarifa, segundo especialistas.

Com mais viagens em menos tempo, não seria preciso aumentar a frota para atender aos horários das linhas, o que implicaria em menor custo.