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Ribeirão Preto

30/11/2013 - 10h08

Após acidente, cidades do interior de SP querem fim de ferrovias em área urbana

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DE RIBEIRÃO PRETO

Cidades da região de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) e do interior paulista reforçaram as cobranças para retirar as ferrovias que cortam as áreas urbanas após o acidente que matou oito pessoas em São José do Rio Preto (438 km de São Paulo), no último domingo.

Em Matão (305 km de São Paulo), a prefeitura entende que seria benéfico para o município ter os trilhos fora da área urbana, mas enquanto isso não acontece, a cidade reivindica uma passagem para veículos para ligar o bairro Bosque ao centro.

"É um perigo essa passagem em nível. Precisamos ter uma alternativa para evitar acidentes ali", afirma Ademir de Souza, secretário municipal de Planejamento.

A prefeita de Américo Brasiliense (283 km de São Paulo), Cleide Aparecida Berti Ginato (PTB), afirma que o município não pede apenas a retirada dos trilhos da área urbana, mas também obras para facilitar o trânsito de veículos, constantemente interrompido pelos trens.

Edson Silva/Folhapress
Trecho de ferrovia em Ribeirão Preto; passagem não oferece segurança a moradores da região
Trecho de ferrovia em Ribeirão Preto; passagem não oferece segurança a moradores da região

Em Araraquara (273 km de São Paulo), a obra do contorno ferroviário está atrasada há seis anos. A primeira previsão de entrega era no final de 2008. Atualmente, segundo a prefeitura, está em fase final de execução, com previsão de ser entregue no segundo semestre de 2014.

A secretária de Desenvolvimento Urbano da cidade, Alessandra de Lima, diz que a linha funciona como "uma barreira", separando a Vila Xavier do restante da cidade.

Em São Carlos (232 km de São Paulo), o projeto para a transposição da linha já foi aprovado, mas ainda não é executado. A prefeitura não se manifestou a respeito, mas em outras oportunidades o prefeito Paulo Altomani (PSDB) já havia manifestado descontentamento com os trilhos.

Em Itirapina (212 km de São Paulo), a ferrovia divide a cidade. Há uma única passagem em nível, segundo o prefeito José Candido (PMDB). Quando o trem passa, com quatro máquinas e cerca de 90 vagões, o trânsito para. O último acidente envolvendo um trem e um carro aconteceu há dois meses.

No município, a ferrovia gera um outro problema: o barulho. Como o local é usado para manobras das composições, elas permanecem paradas por um longo período na área urbana, causando prejuízo aos moradores.

Ele afirmou que vai começar a multar a ALL em R$ 10 mil a cada ocorrência por excesso de barulho. Uma lei municipal nesse sentido deve ser regulamentada em até 15 dias, disse Candido.

Em São Carlos e Ibaté (247 km de São Paulo), o maior problema é a conservação. Segundo o procurador federal Ronaldo Ruffo, há alguns pontos nos trechos urbanos que precisam de reparos no solo que sustenta os dormentes e trilhos.

O Ministério Público Federal já ganhou uma ação na contra a ALL e um acordo entre a empresa e o promotor busca melhorias. Em Ribeirão Preto, o entorno dos trilhos tem alambrados quebrados, passagens improvisadas, lixo e animais mortos.

Edson Silva/Folhapress
Veículo cruza linha férrea que atravessa bairro Quintino Facci 2, em Ribeirão Preto; lixo acumulado polui o entorno
Veículo cruza linha férrea que atravessa bairro Quintino Facci 2, em Ribeirão Preto; lixo acumulado polui o entorno
 

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