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Ribeirão Preto
Com poucas vendas, lojistas abandonam Shopping Popular em Ribeirão Preto
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ISABELA PALHARES
DE RIBEIRÃO PRETO
O ritmo das vendas no Shopping Popular de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) tem preocupado os lojistas locais. Segundo eles, os clientes não aderiram ao espaço. A causa seriam os pontos de prostituição e de vendas de drogas na região, conhecida como "baixada".
O Shopping Popular de Ribeirão recebeu investimento de R$ 500 mil da prefeitura para a reforma do prédio e a aquisição dos boxes e estrutura interna. O imóvel ficou locado --e fechado-- pela prefeitura por três anos. O gasto foi de R$ 279 mil.
Inaugurado há três meses, 14 dos dos 93 permissionários já perderam o direito de usar o box que ganharam em sorteio. Segundo a prefeitura, os lojistas não colocaram o espaço em funcionamento.
Gláucia Maria Mariano, 43, foi surpreendida na última quinta-feira (28) ao chegar no local e ver que suas mercadorias haviam sido retiradas do box. Fiscais da prefeitura informaram que ela havia perdido a permissão do local por falta de uso.
"Tem dia que a gente não vende nem R$ 10 em mercadoria, e mesmo assim nunca deixei de abrir aqui. Todas as mensalidades do condomínio estão em dia", disse Gláucia. Eles pagam por mês R$ 215, para segurança e limpeza, mas os comerciantes afirmam que as vendas não cobrem o valor.
Os comerciantes afirmam que, com a entrada no empreendimento, perderam as vendas "espontâneas" da rua. O Shopping Popular está localizado na rua General Osório, no final do calçadão.
"O nosso produto é vendido na espontaneidade. Passou, gostou, levou. Até chegar aqui na baixada, o pessoal já passou por todas as lojas do calçadão", disse o vendedor Júlio César Ribeiro, 42.
Nem a proximidade do Natal anima os comerciantes. Lucélia Diogo da Silva, 38, que trabalha para um dos permissionários, disse que, se até o final de dezembro as vendas não melhorarem, pretende procurar emprego em outro lugar.
"Estou perdendo tempo em um lugar sem cliente. Vou esperar passar o Natal, mas se nada mudar em janeiro eu vou embora", disse.
O diretor da Fiscalização-Geral, Osvaldo Braga, informou que os permissionários tinham três dias, após a inauguração, para colocar os boxes em funcionamento. "Nós já demos 90 dias para eles se adequarem, mas alguns não cumpriram."
Segundo Braga, caso voltem a vender nas ruas, terão as mercadorias confiscadas.
Edson Silva/Folhapress | ||
Shopping Popular de Ribeirão Preto; lojistas dizem que clientes não aderiram ao espaço |
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